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Este poema será reproduzido no MUSEU LUIZ GONZAGA E O SERTÃO, organizado pelo vereador Gilvan Salles, em Madalena-CE.
MEU JUAZEIRO
São as raízes profundas
No solo arenoso e quente
Como tentáculos vitais
De um alerta permanente
Que fazem este juazeiro
Ser firme, forte, altaneiro,
Nordestino e resistente!
Eu também sou persistente
E vivo dessas matrizes
Buscando dias melhores
Ou pelo menos, felizes,
Sem esquecer, nesse estado,
que vivo sempre plugado
Na força dessas raízes.
Eu admiro os matizes
Desse verde benfazejo
Nos versos do meu repente
Eternamente pelejo
Até na hora da morte
Verdejar a nossa sorte
É tudo que mais almejo.
Em nosso planeta eu vejo
A árvore dando o seu fruto
Para o camponês que planta
Para o rico absoluto
Que nada planta, e suplanta
Os sonhos que a gente planta
Por isso mesmo é que eu luto!
Da vida eu pouco desfruto
Como o pão do meu trabalho
Com o suor dos meus versos
A minha rima eu espalho
Brado contra a tirania
Enfrentando a burguesia
Sou coringa do baralho.
Arievaldo Vianna
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