quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Frei Mané nas ELEIÇÕES



CARTA CIRCULAR DE FREI MANÉ MAGO DE JUREMA PARA OS CÃO-DE-DATOS DISTRIBUIDORES DE ‘SANTINHOS’

Cansado de ver a caixa de correspondências do mosteiro completamente atufada de material de candidatos: santinhos, bottons, panfletos, folders etc. Frei Mané Mago de Jurema (puto dentro da batina) acionou o seu fiel secretário Frei Cancão de Fogo do Amor Divino e ditou a seguinte circular que foi devidamente afixada ao lado da caixa postal do vetusto casarão:

Srs.(as) Candidatos(as);

Cansados de retirar, diariamente, centenas de papéis de propaganda eleitoral deixados na caixa postal de nosso convento, vimos por meio desta solicitar o seguinte:

1)    Para cada SANTINHO (que sacrilégio, chamar essas merdas de "santinhos"!) deixado, façam a gentileza de grampear juntamente uma cédula de R$ 50,00;

2)    Para cada PANFLETO, FOLDER ou ‘SANTÃO’, favor grampear em anexo uma cédula de R$ 100,00;

3)    Para materiais de maior porte, como cartazes, bandeiras ou jornais, anexar a quantia de R$ 200,00.

ALERTA: Não pensem que cumprindo rigorosamente o que está sendo aqui solicitado, haverá compromisso de nossa parte de votar em quem quer que seja. Tampouco deixaremos de protestar com veemência, caso o distinto(a) candidato(a) for eleito(a) para a Assembleia Legislativa, Governo do Estado, Câmara Federal, Senado ou Presidência da República e continuar retirando direitos dos trabalhadores, assaltando o erário ou oprimindo o povo com medidas impopulares.

EM TEMPO: Gostaríamos apenas de ressaltar que o dinheiro deixado por vocês será utilizado para as OBRAS SOCIAIS de nossa irmandade, uma forma mais que justa de devolver ao povo parte do que é roubado avidamente por políticos desonestos.

Mosteiro da Confraria do Amor Divino, 30 de agosto de 2018.

Atenciosamente,


FREI MANÉ MAGO DE JUREMA
Guardião do Mosteiro

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

LANÇAMENTO


CANTORIA PÉ-DE-PAREDE E LANÇAMENTO

Novo livro de Arievaldo Vianna será lançado sexta-feira (24/08) em Canindé

O novo livro de Arievaldo Vianna ("No tempo da lamparina - Memórias de um menino sertanejo")  será lançado na próxima sexta-feira, dia 24 de agosto, na Fazenda Riacho do Facão, em Canindé-CE. Na oportunidade, haverá uma grande cantoria “pé-de-parede” com a dupla Geraldo Amâncio e Antônio Jocélio. 




SEGUNDA NOITE DE VIOLA
NO SERTÃO DE CANINDÉ

A noite da próxima sexta-feira, 24/08, não será apenas uma noite atraente de luar no sertão. Será também uma noite de animada cantoria de viola com os grandes poetas repentistas Geraldo Amancio e Antonio Jocélio. É o que promete o promotor do evento, Higino Luís Barros de Mesquita, proprietário da fazenda Riacho do Facão, interior de Canindé, Ceará.
É a segunda grande cantoria que Higino Luís patrocina e convida o público em geral para prestigiar a famosa dupla de violeiros. Antes da apresentação dos cantadores, será feito o lançamento do livro "No tempo da lamparina - Memórias de um menino sertanejo", de autoria do escritor e cordelista cearense Arievaldo Viana.
O anfitrião do evento avisa que a cantoria será no estilo “pé de parede”, como antigamente, com direito a bandeja para coleta dos cantadores, e também a sugestões de motes e pedidos de temas de viola pela plateia. Sintonizado continuamente com o sertão, seus costumes e tradições, Higino Luís mantém-se fiel às suas origens e é um dos maiores entusiastas da cultura popular regional.
O acesso à fazenda Riacho do Facão é feito pela BR-020, sentido Canindé-Boa Viagem. Na localidade de Santa Clara, tem início a estrada vicinal que leva até à fazenda.
Em versos, o poeta Pedro Paulo Paulino também reforça o convite:

Em 24 de agosto,
No Riacho do Facão,
Será grande a cantoria,
Muito improviso e canção,
Com dois grandes cantadores!
Convidamos os senhores
Para essa honrosa atração.

A dupla Antonio Jocélio,
Geraldo Amancio Pereira,
Dois poetas inspirados,
Repentistas de primeira,
A tradição recomenda,
Pois no pátio da fazenda
Vão cantar a noite inteira.

Higino Luiz Mesquita,
“Cabôco” bom do sertão,
É quem faz esse convite,
Com muita satisfação:
Um casal bem nordestino,
Dona Edileuza e Higino,
Será nosso anfitrião.

É este o segundo evento
Nessa fazenda afamada,
Onde a paz e a alegria
Fizeram sua morada.
Dizer isso, nem precisa,
No entanto, Higino avisa
Que lá não se paga nada.

Assim sendo, anote aí
Essa grande cantoria,
Uma noite de luar,
De viola e poesia.
Eu mesmo não vou perder,
Chego quando anoitecer
E só volto no outro dia.

PPP

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

LANÇAMENTO




Novo livro de Arievaldo Vianna será lançado na III FEIRA DO CORDEL BRASILEIRO, na Caixa Cultural

"No tempo da lamparina - Memórias de um menino sertanejo"

Dia 18 de agosto de 2018
Programação: Café Luiz Gonzaga

17h – Lançamento do livro “No Tempo da Lamparina” de Arievaldo Vianna com participação especial do multiartista Gereba Barreto (Salvador/BA)




III FEIRA DO CORDEL BRASILEIRO – CAIXA CULTURAL
Palco Leandro Gomes de Barros

18h – Show e lançamento do CD “Marcus Lucenna, na Corte do Rei Luiz” com Marcus Lucenna (Rio de Janeiro/RJ) – Participação especial de Tarcísio Sardinha (Fortaleza/CE) e Adelson Viana (Fortaleza/CE)



O sertão das nossas memórias

“No tempo da lamparina – Memórias de um Menino Sertanejo” é o título do novo livro de Arievaldo Vianna, espécie de continuação do livro “Sertão em Desencanto” lançado em maio de 2016. Como nas antigas estórias de Trancoso, em que fabulosos tesouros são desenterrados, Arievaldo Vianna abre, nesta obra, os baús da própria memória, e tira de lá um mundo de vivências que retratam não apenas suas experiências individuais, mas todo o quadro de um sertão desconhecido das novas gerações.
Já para os que, como ele, nasceram naquela parte do mundo nos anos 1960 – e que, portanto, viveram no mesmo cenário e em circunstâncias semelhantes – este livro tem o condão de os transportar instantaneamente para aquela realidade de cores fortes e sons marcantes...
Foi assim que ao ler avidamente cada página pisei novamente na areia fria do riacho à sombra dos pés de oiticica, ouvi os bandos de capotes no terreiro, senti o cheiro do ferro a brasa, da folha verde de marmeleiro e da cinza de fogão a lenha que se misturava aos objetos do precioso monturo... ouvi o tilintar dos chocalhos pesados das vacas, e dos mais delicados, das ovelhas, sendo tangidas nas capoeiras, pelo familiar aboio dos vaqueiros...
Percorri o corredor da casa de fazenda, abri o caixão da farinha e vi, na despensa, a prateleira dos queijos e os baús de redes lavadas e cheirando a sol, prontas para receber hospitaleiramente qualquer viajante que chegasse, a qualquer hora do dia ou da noite.
O valor de obras como esta ultrapassa em muito o papel de reavivar memórias familiares. Este livro é o retrato histórico de uma época, o que enriquece o conhecimento que se tem a respeito da humanidade, cuja jornada é a somatória de cada vivência, cada saber particular e de grupos ou comunidades.
Assim, nas memórias bem-humoradas de um menino atento ao mundo à sua volta, vêm à tona tradições e práticas que se perderam completamente ou estão em vias de desaparecer, como o trabalho artesanal do curtidor de couro.
São muitas histórias, boas de contar, de ler e de ouvir, pelos que as viveram e pelos que nunca imaginaram que tal mundo possa ter existido.

Ana Rita Araújo (jornalista)

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

94 ANOS


Desenho de Jô Oliveira, estrofe de Marco Haurélio




HOMENAGEM AO ANIVERSARIANTE
PAULO NUNES BATISTA, O DECANO
DA LITERATURA DE CORDEL

Escrevi esta singela homenagem ao poeta Paulo Nunes Batista em 2011. Nesse 02 de agosto de 2018, esse mestre do cordel completa 94 anos de idade.

(Arievaldo Vianna)

É uma justa homenagem
Para um renomado artista
Escritor de nomeada
Inspirado cordelista
Lenda viva da poesia
O Paulo Nunes Batista.

Filho de Chagas Batista
Um famoso menestrel,
No universo das letras
Desempenha o seu papel
Levando sempre adiante
A bandeira do cordel.

É autor de vários livros
E centenas de folhetos
E compõe, com maestria
Acrósticos, glosas, sonetos
Transborda filosofia
Até mesmo em poemetos.

Um literato de fibra
Sob meu ponto de vista,
Espírito humanitário
Quem tem saber altruísta
Parabéns à Biblioteca
E ao Paulo Nunes Batista.

Ficou órfão muito cedo
Mas venceu este empecilho
Estava predestinado
A ser poeta de brilho
Quando criança ajudava
Manoel D’Almeida Filho.

Descende de um velho tronco
Da fina-flor repentista
Do qual brotaram Hugolino
E Agostinho Batista;*
Seu mano, o Sebastião
Também foi bom cordelista.

* Hugolino do Sabugi e Agostinho Nunes da Costa são ancestrais de Paulo Nunes Batista. Do grande poeta Agostinho Nunes da Costa (1797 – 1858), seu bisavô, ficou registrada essa bela estrofe onde fica evidente o desejo de liberdade que sempre alimentou essa família de poetas:

Nasci livre, Deus louvado
E até sem medo fui feito
Porque meu pai, com efeito,
Com minha mãe foi casado;
Também nunca fui pisado
Como terra ou capim
E se alguém pensar assim
É engano verdadeiro:
Olhe para si primeiro
Quem quiser falar de mim.

Voltemos ao Paulo Nunes, nosso homenageado:

Ainda na Era Vargas
Enfrentou a Ditadura
Ingressou no Partidão
Com alma sincera e pura
A arma que mais usou
Foi sua literatura.

Viveu no Rio de Janeiro
Aonde foi estudante
Porém a mão do destino
O lançou na vida errante
Até que chega em Goiás
Do seu Nordeste distante.

Comunista e agnóstico
E nesta louca ciranda
Paulo Nunes vai um dia
Num terreiro de Umbanda
Sua vida, nesse instante,
Recebe outra demanda.

Uma surra dos “caboclos”
Naquele dia levou
E por ver a coisa séria
Naquela seita ingressou
Mais tarde, o Espiritismo
De Allan Kardec abraçou.

Sobre seu ingresso na Umbanda e suas convicções políticas, assim se expressou o poeta:

Inimigo de tiranos
Tenho horror à hipocrisia
Para festejar a Vida
Troco a noite pelo dia.
O caboclo “Cachoeira”
É – nas Umbandas – meu guia...

O certo é que Paulo Nunes
Não levou a vida a esmo
Nem esqueceu o Nordeste,
Da rapadura e torresmo,
Vejamos umas estrofes
Do ABC para mim mesmo:

“Operário da caneta,
Já vivi só de escrever.
Poeta de profissão
Em Goiás pude viver
Dos folhetos que escrevia
Para nas praças vender.

Trovador: escrevo trovas,
Sonetos, sambas, canções,
Contos rimados, poemas,
Num mar de improvisações,
Tenho setenta folhetos
Com diversas edições.

Versejador, viajante,
Das estrelas do Repente:
Abro a boca, o verso nasce,
Como nasce água corrente,
Tenho feito alexandrinos
Em três minutos somente...”

O certo é que Paulo Nunes
É bamba na poesia
Em 2000 ele ingressou
Na goiana Academia
De Letras e se orgulha
Desse luminoso dia.


ILUSTRAÇÃO: Jô Oliveira

Paulo Nunes Batista
(02/08/1924)

Do site: https://memoriasdapoesiapopular.wordpress.com

Paulo Nunes Batista, nascido dia 02 de agosto de 1924, capital do Estado da Paraiba, ou seja, Parahyba do Norte, que posterior a revolução de 1930 e após a morte de João Pessoa, passando a chamar-se João Pessoa. O poeta já nasceu circundado por intelectuais e cordelista. Conforme Haurélio, seu pai, Francisco das Chagas Batista era cordelista, apoiado pelo blog da Casa Rui Barbosa que acrescenta a atividade de folclorista e o nome da genitora do poeta Hugolina Nunes Batista. Alem de cordelista, escritor, contista é advogado e jornalista.

Pelas suas posições ideias políticas Santana e Oliveira narra, que: “Na década de 1930, foi preso em diversas cidades brasileiras, pela sua participação e envolvimento com o Partido Comunista.” Embora se tenha conhecimento do fato e se dizendo comunista Nunes jamais se agregou oficialmente a qualquer legenda política.

No entanto, com relação as suas atividades intelectuais e culturais, faz parte de algumas instituições, ocupando a cadeira de número 8 na  qual foi empossado em 31 de agosto de 2000  diz Santana e Oliveira. Publicou mais de 130 folhetos de cordel e 28 livros de contos e poemas grande número através da Editora e Gráfica Franciscana, Petrolina, Ceará, 2007,  desta forma, seus escritos estão presentes na literatura brasileira.

Sua formação intelectual teve inicio em João Pessoa onde estudou o primário e, em Goiânia concluiu o curso de Madureza, “do curso de educação de jovens e adultos Após – e também do exame final de aprovação do curso – que ministrava disciplinas dos antigos ginásio e colegial, a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1961.” formou-se em Direito, na Faculdade de Direito de Anápolis, em 1977.

Em 1969, por concurso público, ingressou no Fisco Estadual e trabalhou em diversas cidades goianas. Hoje é aposentado.

Após morar em vários estados do Nordeste Alagoas e Bahia, Sudoeste Rio de Janeiro e São Paulo e Minas Gerais. Em 1947 fixou residência em Anápolis no estado de Goiás. Ali, em 1949, publicou o seu primeiro folheto de cordel pela Tipografia do jornal A luta. De acordo com Haurélio, “Seus textos poéticos foram traduzidos até para o japonês”.

Ainda com relação a publicação da sua obra,  Santana e Oliveira firmam que: “Suas obras foram traduzidas para  o inglês, espanhol, italiano, esperanto e braille.”

“Escreveu e editou dezenas de livros, sendo, no cordel, o ABC a modalidade que mais abraçou” garante Aurélio. O blog da casa de Rui Barbosa relata que: “Outra característica do poeta são os folhetos de utilidade pública voltados para o esclarecimento da população”. Para Altimar de Alencar Pimentel citado por Antônio Miranda  em seu blog, acrescenta: […] é esse lirismo, expressão maior do seu amor ao próximo, às coisas, à vida, o ponto mais alto da poesia de Paulo Nunes Batista, onde ele se despoja de compromissos ideológicos, para permitir que o poema surja pleno, límpido, cristalino”, a exemplo do poema Velhas Praias, dedicado a Francisco Miguel de Moura:

Ó minhas lavas praias nordestinas,
enfeitadas com velas de jangadas,
que, sobre o mar, vão leves, enfunadas
ao vento bom das ilusões meninas.


Praias perdidas na longíngua infância,
mas que retornam na sutil fragancia,
no adeus dos coqueirais, que o ser me invade…


Praias de brisas mansas soluçando…
Os olhos do Menino marejando…
E o coração chorando de saudades…

Atuou “também como professor lecionando a língua portuguesa no Colégio Comercial daquela cidade em 1950”.

Leitores eu vou contar
A vida de Bico Doce
Sujeito mais sabido
Que neste mundo encontrou-se
O próprio Cancão de Fogo
Com ele um dia embrulhou-se.

   Bico Doce nasceu
Disse-me quem assistiu
Antes do tempo esperado
Para o mundo ele existiu;
Nasceu andando e falando
Coisa que nunca existiu

 FONTES CONSULTADAS

BATISTA, Paulo Nunes. Disponível em: <http://academiagoianadeletras.org/membro/paulo-nunes-batista/>. Acesso em: 28 out. 2014.

BATISTA, Paulo Nunes. Sonetos seletos. Petrolina, PE: Franciscana, 2005. 100 p.

PERFIS biográficos. Paulo Nunes Batista. Disponível em: <www.casaruibarbosa.gov.br/cordel/janela_perfis.html>. Acesso em: 28 out. 2014.

CORDEL Atemporal. BATISTA, Paulo Nunes. In: DICIONÁRIO básico de autores de Cordel. Disponível em: <http://marcohaurelio.blogspot.com.br/2011/06/dicionario-basico-de-autores-de-cordel.html>. Acesso em: 20 out. 2014.

MENEZES, Ebenezer Takuno de;  SANTOS, Thais Helena dos. Madureza” (verbete). Dicionário Interativo da Educação Brasileira: EducaBrasil. São Paulo: Midiamix Editora, 2002. Disponível em:  <http://www.educabrasil.com.br/eb/dic/ dicionario.asp?id=293>. Acesso em: 28 nov. 2014.

MIRANDA, Antonio. Paulo Nunes Batista. In: POESIAS dos Brasis. Disponível em: <http://www.antoniomiranda. com.br/poesia_brasis/goias/paulo_nunes_batista.html>. Acesso em: 10 out. 2014.

SANTANA Ana Elisa; OLIVEIRA, Noelle. Cordelista e escritor, Paulo Nunes Batista fala de seus mais de 28 livros publicados. Disponível em: <http://www.ebc.com.br/ cultura/2014/04/cordelista-e-escritor-paulo-nunes-batista-fala-de-seus-mais-de-28-livros-publicados>. Acesso em: 20 out. 2014.

NO TEMPO DA LAMPARINA



ATENÇÃO! DIA 18 DE AGOSTO, SÁBADO
Na III FEIRA DO CORDEL BRASILEIRO



Novo livro de ARIEVALDO VIANNA - "No tempo da lamparina - Memórias de um menino sertanejo"

Café Luiz Gonzaga

17h – Lançamento do livro 

“No Tempo da Lamparina” de Arievaldo Vianna

com participação especial do multiartista 

Gereba Barreto (Salvador/BA)






Palco Leandro Gomes de Barros

18h – Show e lançamento do CD “Marcus Lucenna, na Corte do Rei Luiz” com Marcus Lucenna (Rio de Janeiro/RJ) – Participação especial de Tarcísio Sardinha (Fortaleza/CE) e Adelson Viana (Fortaleza/CE).



FEIRA DO CORDEL BRASILEIRO CHEGA À TERCEIRA EDIÇÃO NA CAIXA CULTURAL FORTALEZA DE 16 A 19 DE AGOSTO


Sob a curadoria do cordelista e editor Klévisson Viana, o evento reúne a nata da Literatura do Cordel e expoentes da autêntica Cultura Popular Brasileira

De 16 a 19 de agosto de 2018 a CAIXA Cultural Fortaleza abre espaço para a III Feira do Cordel Brasileiro, na qual cordelistas, pesquisadores, xilogravadores, músicos, repentistas violeiros, emboladores, declamadores, escritores e folheteiros de várias partes do País terão um encontro marcado com todos os públicos interessados pela autêntica cultura brasileira. Com programação 100% gratuita, a feira reúne vários dos principais agentes criativos do gênero.

Serão quatro dias dedicados ao gênero literário do cordel e às artes que com ele têm afinidades. Este ano o evento homenageia dois grandes vultos da cultura nordestina: Luiz Gonzaga - Rei do Baião e o pioneiro do cordel e inspirador de “O Auto da Compadecida”, Leandro Gomes de Barros. Idealizado pelo cordelista, escritor, ilustrador e editor cearense Klévisson Viana, com realização pela AESTROFE – Associação de Escritores, Trovadores e Folheteiros do Estado do Ceará, a Feira do Cordel Brasileiro tem a cada edição encantado um número maior de pessoas.

A III Feira do Cordel Brasileiro traz o mais expressivo dessas linguagens e oferta vasta programação de qualidade e livre a todos os públicos. Vale conferir, trazer familiares, parceiros e amigos para se deixarem encantar pelas artes populares e fazer um passeio imaginário nas asas do pavão misterioso - do clássico em cordel de José Camelo de Melo Rezende ou no tapete mágico em formato de cordel do nosso cartaz, que retrata, numa mistura do Nordeste com as Mil e Uma Noites, um Aladim sertanejo na xilogravura elaborada pelo artista Eduardo Macedo, uma das revelações do cordel e da gravura popular nos últimos anos.



AMPLA PROGRAMAÇÃO EM QUATRO DIAS

Entre as atrações, o músico-cordelista Beto Brito (parceiro de Zé Ramalho e de Robertinho do Recife); o cantor, compositor, arranjador, letrista e violonista do antigo Grupo Bendegó, Gereba Barreto, e o cordelista e forrozeiro Marcus Lucena, o 'Cantador dos 4 Cantos' que acompanhado por Tarcísio Sardinha e Adelson Viana apresenta o seu mais recente trabalho. Mais uma vez, a presença do icônico cordelista, repentista e sambador Mestre Bule-Bule, que vem lançar o seu novo livro “Orixás em cordel”, em parceria com Klévisson Viana.
Ainda nos destaques das muitas atrações, os excelentes repentistas Zé Viola, Geraldo Amâncio Pereira e Guilherme Nobre, além do grupo folclórico Coco do Iguape; os cordelistas Chico Pedrosa, Vinícius Gregório, Thyelle Dias, Tiago Monteiro, Paola Torres, Olegário Alfredo, Julie Ane Oliveira, Evaristo Geraldo, Lucarocas, Valdecy Alves, Paulo de Tarso, Raul Poeta, Paiva Neves, Stélio Torquato, Rafael Brito, Arievaldo Vianna e Eduardo Macedo, cordelista e xilogravurista criador da imagem que ilustra essa edição da Feira do Cordel Brasileiro. Dentre os pesquisadores, a Feira recebe os brasileiros Rosilene Melo, Marco Haurélio, Bráulio Tavares e o português António de Abreu Freire.
Uma grande novidade será a palestra “Imagens da Ficção Científica no Cordel” com Bráulio Tavares. Conhecido pesquisador dessas duas formas literárias, Bráulio usará folhetos clássicos e contemporâneos para mostrar como cordelistas brasileiros versam sobre o tema, exibindo folhetos que abordam a viagem interplanetária, robôs-transformers, alienígenas, seres mutantes, entre outros elementos que explicitam a identificação entre as duas “literaturas da imaginação”.
Além dos shows, recitais e palestras, a Feira promove lançamentos literários, como também a exposição de obras raras e a venda de folhetos de cordel, livros, camisetas e CDs referenciais.

Oficina:
Também estarão abertas aos interessados a participação nas oficinas de xilogravura e de cordel, cujas inscrições vão de 07 a 15 de agosto de 2018, por meio dos emails encenaproducoes@gmail.com e aestrofe@gmail.com ou pelo telefone (85) 3023-3064. Cada oficina terá limite de 20 vagas.

* Mais informações também na página do evento no Facebook: https://www.facebook.com/IIIFeiradoCordelBrasileiro.



MANIFESTAÇÃO LITERÁRIA

O Ceará se perpetua como o maior pólo produtor de Literatura de Cordel desde os longínquos tempos da Tipografia São Francisco, em Juazeiro do Norte, posteriormente rebatizada de Lira Nordestina. A partir da década de 1990, essa produção se acentuou na capital do Estado, sobretudo após surgirem associações de poetas, trovadores e folheteiros, tais como o Centro Cultural dos Cordelistas do Nordeste (CECORDEL), a Associação de Escritores, Trovadores e Folheteiros do Estado do Ceará (AESTROFE), entre outras, além da consolidada casa editorial Tupynanquim Editora e da Cordelaria Flor da Serra.

Apesar do linguajar simples e informal, a literatura de cordel é, hoje, revista como importante manifestação literária, pois é compreendida como uma das nossas primeiras manifestações poéticas em língua portuguesa, tendo origem na produção oral trovadoresca. Neste sentido, a literatura de cordel é cada vez mais aceita e estudada pelas academias, e já possui a Academia Brasileira de Cordel, fundada em 07 de setembro de 1988 com sede no Rio de Janeiro.

A III Feira do Cordel Brasileiro, de 16 a 19 de agosto de 2018 na CAIXA Cultural Fortaleza, é uma iniciativa da AESTROFE (Associação de Escritores, Trovadores e Folheteiros do Estado do Ceará) com patrocínio da CAIXA Econômica Federal e do Governo Federal, junto ao apoio cultural da Tupynanquim Editora, Cariri Filmes, Editora Imeph, Programa A Hora do Rei do Baião e da Premius Editora.



Programação:
Teatro
14h – Solenidade de abertura com a presença dos mestres do cordel e da cantoria | Apresentação “A Saga de um vaqueiro” - Escola José Antão de Alencar Neto (Pio IX/PI)
15h – Mesa “Literatura Popular, na escola, tem lugar” com o pesquisador Arievaldo Viana (Caucaia/CE) e os professores Stélio Torquato (Fortaleza/CE) e Paiva Neves (Fortaleza/CE) – Mediação: Professor Carlos Dantas(Fortaleza/CE)

Café Luiz Gonzaga
17h – Lançamento do livro no “Tempo que os bichos estudavam” de Paulo de Tarso, o poeta de Tauá (Fortaleza/CE)

Palco Leandro Gomes de Barros
17h30 – Recital com Raul Poeta (Juazeiro do Norte/CE), Rafael Brito(Fortaleza/CE) e Pedro Paulo Paulino (Canindé/CE)
18h10 – Show interativo de voz e violão “Cante lá que eu toco cá” com o Mestre Gereba Barreto (Salvador/BA)          
19h10 – Cantoria com o Mestre Geraldo Amâncio Pereira (Fortaleza/CE) e Guilherme Nobre (Fortaleza/CE).
20h – Recital com o mestre Chico Pedrosa (Olinda/PE)
20h30 – Show com o rabequeiro e cordelista Beto Brito e Banda (João Pessoa /PB)

DIA 17 de Agosto (Sexta-feira)

Sala de Ensaio
14h – Oficina de xilogravura com os mestres João Pedro de Juazeiro (Fortaleza/CE) e Francorli (Juazeiro do Norte/CE)

Teatro
15h – Aula-espetáculo “Imagens da Ficção Científica no Cordel” com o escritor, compositor e estudioso Braulio Tavares (Rio de Janeiro/RJ)

Café Luiz Gonzaga
16h20 – Lançamento dos livros “Rapunzel em Cordel” e “A onça com o bode” de Sergio Magalhães e Kátia Castelo Branco (CE)

Palco Leandro Gomes de Barros
17h – Recital com os poetas Evaristo Geraldo da Silva (Alto Santo/CE), Julie Oliveira (Fortaleza/CE), Lucarocas (Fortaleza/CE), Antônio Marcos Bandeira (Fortaleza/CE) e Ivonete Morais (Fortaleza/CE)

Café Luiz Gonzaga
18h – Lançamento do livro em cordel “Andei por Aí - Narrativas de uma Médica em Busca da Medicina (2ª edição - revista e ampliada)”, de Paola Tôrres (Fortaleza/CE)

Palco Leandro Gomes de Barros
18h20 – Apresentação musical de Paola Tôrres (Fortaleza/CE)  
19h – Recital com o mestre Chico Pedrosa (Olinda/PE) e Rafael Brito (Fortaleza/CE), com participação especial do cordelista Beto Brito (João Pessoa/PB)

Café Luiz Gonzaga
20h – Lançamento do livro “Orixás em Cordel”, do Mestre Bule-Bule (Camaçari/BA) e de Klévisson Viana (Fortaleza/CE)
20h20 – “Chulas, Sambas e Licutixos” com o mestre Bule-Bule (Camaçari/BA)

Dia 18 de agosto (Sábado)
Sala de Ensaio
14 – Oficina de cordel com Rouxinol do Rinaré (Fortaleza/CE)
Teatro
15 – Mesa “Cordel – Memória e Contemporaneidade” com a pesquisadora do IPHAN Rosilene Melo (São Paulo/SP), o cineasta Rosemberg Cariri (Fortaleza/CE) e o advogado, documentarista e cordelista Valdecy Alves (Senador Pompeu/CE) e o jornalista Alberto Perdigão. Mediação: Cordelista Eduardo Macedo (Fortaleza/CE)

Café Luiz Gonzaga
17h – Lançamento do livro “No Tempo da Lamparina” de Arievaldo Viana (Caucaia/CE) com participação especial do multiartista Gereba Barreto (Salvador/BA)




Palco Leandro Gomes de Barros
17h40 – Recital com o garotinho Moisés Marinho (Mossoró – RN)
18h – Show e lançamento do CD “Marcus Lucenna, na Corte do Rei Luiz” com Marcus Lucenna (Rio de Janeiro/RJ) – Participação especial de Tarcísio Sardinha (Fortaleza/CE) e Adelson Viana (Fortaleza/CE)

Café Luiz Gonzaga
19h – Lançamento do livro “Poesia em gotas diárias” de autoria de Padre Tula (Edições Karuá)

Palco Leandro Gomes de Barros
19h30 – Declamação com o mestre Chico Pedrosa (Olinda/PE)
20h – Cantoria com Zé Maria de Fortaleza e Tião Simpatia.
20h40 – Apresentação com os Mestres Bule-Bule e Gereba Barreto
DIA 19 (Domingo)
Teatro
14h – Mesa “Cordel Brasil-Portugal: o fio que nos conecta” com os pesquisadores Marco Haurélio (São Paulo/SP) e António de Abreu Freire (Portugal). Mediação: Professor Oswald Barroso (Fortaleza/CE)
Café Luiz Gonzaga
16h –  Lançamento dos cordéis “As histórias das plantas”, “Padagogia do oprimido” de Francisco Paiva Neves (Fortaleza/CE) e do “Amor no tempo de chumbo” por Nando Poeta (Natal/RN)
Palco Leandro Gomes de Barros
16h30 – Recital da despedida com Raul Poeta, Evaristo Geraldo da Silva, Leila Freitas, Arievaldo Viana, Bule-Bule, Lucarocas e Chico Pedrosa
17h30 – Canções de viola com o mestre Zé Viola (Teresina/ PI)
Pátio externo
18h30 – Coco do Iguape (Iguape/CE)

EXPOSITORES:

ABLC (Rio de Janeiro/RJ)
AESTROFE (Fortaleza/CE)
Arievaldo Viana (Caucaia/CE)
Beto Brito (João Pessoa/PB)
CECORDEL (Fortaleza/CE)
Chico Pedrosa (Olinda/PE)
Cordelaria Flor da Serra (Fortaleza/CE)
Edições Patabego (Tauá/CE)
Editora Coqueiro (Olinda/PE)
Eduardo Macedo (Fortaleza/CE)
Evaristo Geraldo da Silva (Alto Santo/CE)
Francisco Melchiades (Fortaleza/CE)
Francorli (Juazeiro do Norte/CE)
Geraldo Amâncio (Fortaleza/CE)
Guilherme Nobre (Fortaleza/CE)
Instituto Roda da Vida (Fortaleza/SP)
João Pedro do Juazeiro (Fortaleza/CE)
Jotabê (Fortaleza/CE)
Leila Freitas (Acopiara/CE)
Lucarocas (Fortaleza/CE)
Nando Poeta (Natal/RN)
Nonato Araújo/ Ivonete Morais (Fortaleza/CE)
Olegário Alfredo (Belo Horizonte/MG)
Rouxinol do Rinaré (Fortaleza/CE)
Valentina Monteiro (Campina Grande/PB)
Tupynanquim Editora (Fortaleza/CE)

Serviço:
III FEIRA DO CORDEL BRASILEIRO
Local: CAIXA Cultural Fortaleza
Endereço: Av. Pessoa Anta, 287, Praia de Iracema
Data: De 16 a 19 de agosto de 2018
Horários: Quinta a sábado: 14 às 21h | Domingo: 14 às 19h
Classificação indicativa: Livre
GRATUITO
Paraciclo disponível no pátio interno

Atendimento à imprensa:
Helena Félix – (085) 99993-4920 / pontualcomunicacao@gmail.com
Kiko Bloc-Boris – (085) 98892-1195 / kikobb@gmail.com
Isabelle Vieira - (85) 98871.4139 / vieira.aisabelle@gmail.com

Assessoria de Imprensa da CAIXA Cultural Fortaleza (CE):
Camilla Lima – (85) 98642-3336| camilla.jornalismo@gmail.com
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