EVALDO LIMA, CIDADÃO CANINDEENSE
Por iniciativa do vereador Francisco de Assis Rodrigues Vieira a Câmara Municipal de Canindé aprovou título de Cidadania Canindeense
para meu pai, Francisco Evaldo de Sousa Lima, poeta popular e apologista da Cantoria e da Literatura de Cordel.
(Na foto ao lado, o vereador Assis Vieira, com a filha Geórgia)
Francisco Evaldo de Sousa Lima nasceu
no dia 07 de maio de 1941, em Cacimba Nova (Quixeramobim). É o terceiro filho
do casal Manoel Barbosa Lima e Alzira Vianna de Sousa Lima. Vovô só o chamava de
Vadinho... Teve pouquíssima instrução. Só frequentou a escola até o terceiro
ano primário, mas é dotado de uma aguda inteligência e grande sensibilidade
para a poesia, sobretudo a que chamamos poesia popular, dos cantadores,
glosadores e poetas de cordel.
Mesmo com a pobreza e as dificuldades
enfrentadas por seus pais ao longo da década de 1940, quando viveu a sua
infância, Evaldo guarda boas lembranças desse período. Filho de pais
laboriosos, aos poucos as coisas foram melhorando. Quando saíram do Castro para
o Ouro Preto, meus avós começaram a prosperar, principalmente depois que vovô
começou a investir no ramo comercial, com uma pequena bodega, sem se descuidar,
contudo, da agricultura e da criação de um pequeno rebanho de gado e ovelhas.
O casal Evaldo Lima e Hathane Vianna, foto: Karam
Papai sempre foi amigo da leitura e,
com seu exemplo, nos serviu de estímulo para que fôssemos amigos dos livros. Como
bom autodidata, retém muitos ensinamentos e os transmite através de uma prosa
fluente e agradável, entremeada de glosas e citações que aprende no que observa
da vida e nas obras que lê.
Sertanejo autêntico, nascido no tempo
da lamparina, teve nos pais o modelo de ética e virtude que adotou por toda a
sua vida. Homem simples, trabalhador, não desperdiçava suas horas de folga com
tolices, preferindo sempre a leitura de bons livros que sempre buscou adquirir.
Ainda no sertão, na fazenda Ouro Preto, onde casou –se com Hathane Maria Vianna
Lima e viu nascer os cinco primeiros filhos: Arievaldo, José Itamar, Marcos
Aurélio, Francisco Autemar e Antônio Clévisson (Klévisson Vianna), costumava
reunir a prole no final da tarde para um recital de poesia ou leitura de livros
e folhetos de cordel. Um de seus prediletos era o livro “Poetas Populares e Cantadores do
Ceará”, do mestre Alberto Porfírio.
Passou a residir em Canindé em janeiro de 1980. Em 1985 nasceu sua única filha, Francisca Evanda, no Hospital Maternidade de Canindé. Ali atuou muitos anos como agricultor e pequeno comerciante. Atualmente, com 78 anos e já aposentado, ainda planta todos os anos um pequeno roçado de onde colhe milho e feijão no tempo da safra.
Passou a residir em Canindé em janeiro de 1980. Em 1985 nasceu sua única filha, Francisca Evanda, no Hospital Maternidade de Canindé. Ali atuou muitos anos como agricultor e pequeno comerciante. Atualmente, com 78 anos e já aposentado, ainda planta todos os anos um pequeno roçado de onde colhe milho e feijão no tempo da safra.
Uma pequena amostra de sua prosa foi
registrada pelas câmeras da TV Assembléia, através do documentário “Heranças
Preciosas”, realizado em 2015, com roteiro de Ângela Gurgel, produção de Ana
Célia Oliveira e direção de Augusto Bozzo. Durante o período de gravação das
imagens, surpreendi-me com sua desenvoltura, pois imaginava o contrário, que
ele não renderia diante das câmeras uma conversa segura e espontânea como a que
apresentou, ao longo de todo o seu depoimento.
Francisco Evaldo reside em Canindé
desde janeiro de 1980, para onde se mudou com a família em busca de estudo e
melhores oportunidades para a sua prole. É pai dos poetas e artistas gráficos
Arievaldo e Klévisson Viana.
A solenidade de entrega do título de CIDADÃO CANINDEENSE ocorrerá amanhã, 20 de dezembro, às 18 horas, no IFCE - Canindé.
Nenhum comentário:
Postar um comentário