segunda-feira, 30 de outubro de 2017

LANÇAMENTO



Encontro com a Consciência, de Arievaldo Viana,
é lançado no Bazar das Letras



Arievaldo Viana

O livro Encontro com a Consciência, de Arievaldo Viana, será lançado na próxima terça-feira, 31 de outubro, no projeto Bazar das Letras. A iniciativa é do Sesc, braço Social do Sistema Fecomércio-CE. O evento é gratuito e acontece no Teatro Sesc Emiliano Queiroz,  a partir das 19 horas, com mediação de Rouxinol do Rinaré.

“O Livro Encontro com a Consciência tem uma narrativa fluente, a presença do falar regional, a abordagem de detalhes emotivos, a honestidade e honra imaculadas do sertanejo surgem como o tempero que dão sabor à leitura nesse trabalho de Arievaldo Viana”, explica o material de divulgação.

O Bazar das Letras tem como intuito fomentar a produção da literatura cearense, além de proporcionar a interação do escritor com o público. O projeto acontece durante todo o ano, nas unidades do Sesc, sendo um importante espaço para lançamento de novos escritores e novos títulos, valorizando assim a cultura do estado.

Serviço
Bazar das Letras
Lançamento do Livro Encontro com a Consciência
Onde: Teatro Sesc Emiliano Queiroz (avenida Duque de  Caxias, 1701 – Centro
Quando: 31 de outubro, às 19h
Outras informações: (85) 34529087
Entrada gratuita.

Fonte: http://blog.opovo.com.br/leiturasdabel/encontro-com-a-consciencia-de-arievaldo-viana-e-lancado-no-sesc/



segunda-feira, 23 de outubro de 2017

CARTA DE MAÉRCIO SIQUEIRA



O escritor, poeta e xilogravador Maércio Siqueira envia-nos, direto do Cratinho de Açúcar, um texto que escreveu sobre o livro SERTÃO EM DESENCANTO. Fiquei feliz e lisonjeado com as suas observações sobre uma obra que, a princípio, imaginei que fosse interessar apenas aos meus familiares, já que se trata de um relato vinculado à genealogia do meu clã familiar. 
Xilógrafo de reconhecido mérito e talento, Maércio foi escolhido para fazer a capa do II Volume de Memórias, intitulado NO TEMPO DA LAMPARINA
Pela capa magnífica e pelo texto enviado, só nos resta agradecer. Obrigado, Maércio.


A propósito do livro SERTÃO EM DESENCANTO Gênesis sertaneja – I Volume de Memórias, de Arievaldo Vianna

Máercio Siqueira

            É curioso que o autor de Sertão em Desencanto chame de Memórias a seu impressionante trabalho, quando boa parte das pessoas e dos acontecimentos de que trata o livro existiram ou aconteceram bem anteriores ao seu nascimento e alguns deles só localizados em virtude de exaustiva pesquisa. Como ter memória daquilo que não viveu? Deveria ser chamado História? Genealogia?
            Aqui está, creio eu, umas dos pontos interessantíssimos do livro. O autor segue uma feliz intuição e costura dados documentais, bibliográficos, depoimentos de familiares com suas próprias memórias. Aliás, o elã de todos os dados do livro é o próprio autor, para o qual converge, de modo descendente, o intricado sistema de acontecimentos históricos e contingências familiares.
            Não se trata de um livro escrito para salientar a pessoa do autor. Pelo contrário, ele se porta o mais discreto possível. Porém, não renuncia a sua condição de recriador de um mundo que, do contrário, estaria diluído, perdido em memórias individuais, em relatos esparsos em outros livros e documentos. É Arievaldo que traz para as próprias mãos os inúmeros fios ameaçados de se perderem no tempo e no espaço. Como, pois, juntar tudo isso, a não ser pelo princípio unificador da própria vida mental do autor? São suas lembranças, suas vivências passadas, essa memória tão cara de sua infância no sertão, que dá sentido a todo esse trabalho, tornando Arievaldo um historiador intuitivo e eficiente, e um erudito em matéria de vida e cultura sertanejas.


Xilogravura de Maércio Siqueira

            O que torna esse livro tão atraente é justamente esse alento de vida soprado sobre as figuras já desaparecidas. Na verdade, estão vivas! O autor o demonstra pela continuidade das suas raízes nos descendentes atuais. Mesmo os ocorridos do século XIX parecem estar diante de nossos sentidos, graças à paixão com que o escritor o descreve e narra. Em outras palavras, graças ao amor que dedica ao seu trabalho.
            Certamente o autor conseguiu dar a seu livro um elevado nível de objetividade, citando documentos, livros, etc. Contudo é a subjetividade de Arievaldo que se torna o sal de tudo isso. É por seus olhos que passamos a ver todos os eventos levantados. É por sua palavra que escutamos a voz daqueles que lhe falaram. É por suas mãos que abrimos a gaveta da escrivaninha da casa de seus avós e descobrimos ali o tesouro de literatura de cordel. É com seus pés que atravessamos as ruas de Quixeramobim acompanhado de sua avó Alzira, e ela nos mostrando a casa os pontos históricos da cidade. É com seus sentidos todos que vislumbramos o sertão em suas grandezas e detalhes. Por seu pesar, chegamos também a lamentar o desaparecimento daquele modo de viver, a contemplar o sertão em desencanto.
            Somos gratos ao autor por sua obra, por ter restaurado esse mundo encantado das suas lembranças.            Tratam-se, portanto de Memórias, pois são estas que condicionam a pesquisa e estruturam todas as informações adicionais que autor teve de buscar fora de suas reminiscências. Está em suas recordações a força que anima essa imenso corpo criado pela investigação e pela escrita dessas páginas preciosas.
            Pobres palavras para comentar de algo tão grande! Mas o livro fala por si mesmo e sua leitura não pode ser substituída por nenhum comentário, principalmente por este, que apenas se limitou a um enfoque bem limitado da obra.
Crato, 23/10/2017


Capa do II Volume de Memórias, que será
lançado em breve, com capa de Maércio.




domingo, 22 de outubro de 2017

XILOGRAVURAS


Xilogravuras de Arievaldo Vianna (Todos os Direitos Reservados)

Depois de uma pausa de quase três anos resolvi retomar a minha atividade como XILOGRAVADOR. Imprimi antigas matrizes e também gravei novos tacos, dentre os quais uma série sobre astros da música popular brasileira, que inclui Luiz Gonzaga, Raul Seixas, Roberto Carlos, Belchior, dentre outros. As cópias, em geral, medem 32 x 22 cm. Cada cópia custa R$ 25,00 (em papel vergê) e R$ 30,00 (em papel canson importado).

Cópias menores (24 x 18cm) custam R$ 15,00. Enviamos pelo CORREIO, mediante pagamento em conta corrente BB. Garantimos a embalagem, para não haver danos ao material enviado. 


PEDIDOS: acordacordel@hotmail.com





A seguir, fotos de algumas etapas do trabalho.







Leandro Gomes de Barros (Xilo 16 x 22cm - Todos os Direitos Reservados)




Xilogravuras de Arievaldo Vianna (Todos os Direitos Reservados)

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

AGENDA



SESC COMEMORA CINQUENTENÁRIO DO ESCRITOR ARIEVALDO VIANNA COM LANÇAMENTO NO PROJETO “BAZAR DAS LETRAS”


No próximo dia 31 de outubro (terça-feira), às 19 horas, Arievaldo Vianna estará lançando mais um livro no SESC da Duque de Caxias (Centro de Fortaleza), dentro do projeto Bazar das Letras. Trata-se da obra “Encontro com a consciência”, texto em cordel com ilustrações do próprio autor.
Nascido em 1967, o escritor cearense Arievaldo Vianna chega aos 50 anos com a invejável marca de 31 livros publicados, por diversas editoras, e cerca de 150 folhetos de cordel já impressos em sucessivas reedições. Premiado em concursos literários, quatro vezes selecionado pelo MEC, através do extinto PNBE (Programa Nacional da Biblioteca na Escola), esse autor já percorreu o Brasil de norte a sul realizando palestras, recitais, oficinas de cordel e xilogravura, dentro do projeto Acorda Cordel na Sala de Aula, por ele criado em 2001.
Arievaldo atuou também como consultor e redator de uma série de programas da TV Brasil (Salto para o futuro), sobre o uso do Cordel no ambiente escolar. Teve vários livros selecionados para o catálogo da Feira Internacional do Livro Infanto-Juvenil de Bologna (Itália), e algumas de suas obras conquistaram o selo “Altamente Recomendável” da FNLIJ.


TRECHOS DA OBRA




Meus leitores vou narrar
Um caso que foi passado
Num livro muito decente
Foi o fato relatado
Minhas são somente as rimas
Nada aqui é inventado.

O senhor Ramiro Chaves
Um grande caminhoneiro
Que nasceu e se criou
Nos vales de Tabuleiro
Em seu livro de memórias
Diz que o caso é verdadeiro.

Pois bem, vamos a história.
Do jeito que foi narrada
Dizem que um fazendeiro
De vida boa e honrada
Nas estradas do destino
Caiu em grande cilada.

Leonel dos Santos era
Este dito fazendeiro
Morava nos Inhamuns
Era pacato e ordeiro
Por ser muito inteligente
Sabia ganhar dinheiro

Em novecentos e seis
Do outro século passado
Veio ele à Fortaleza
Pedir dinheiro emprestado
Pra comprar gado de corte
Com um lucro avantajado.

(...)

Nesse tempo se vivia
Com certa tranqüilidade
O povo de antigamente
Prezava a honestidade
Seu Leonel era um desses
Que não pensava em maldade.

Mas foi a fatalidade
Que este dano originou
Chegando na oiticica
Os seus alforjes tirou
Num galho da dita árvore
Com cuidado pendurou.

Dentro de um dos alforjes
A sua fortuna estava
Mais de cem contos de réis
O fazendeiro levava
Com um lapso de memória
Este pobre não contava.

Depois que almoçou bem
Armou a rede e dormiu
Quando bateu duas horas
Selou o burro e saiu
Lá os alforjes ficaram
E seu Leonel não viu.

Esqueceu sua fortuna
Talvez devido à soneira
No seu burro de valor
Galopou a tarde inteira
Coitado, sem se dar conta.
Da sua grande leseira.

Na casa de um compadre
Dormir ele pretendia
Como de fato chegou
Ao toque da Ave-Maria
Cumprimentou o compadre
Com afeto e alegria.

Mas veio o golpe fatal
Quando tirou a bagagem
Que não viu os seus alforjes
Pensou que fosse visagem
Junto com o seu compadre
Ganhou de novo a rodagem.


(...)




LEIA TAMBÉM: http://acordacordel.blogspot.com.br/2017/10/lancamento-no-sesc.html

Caricatura: Jô Oliveira

OUTRAS ATIVIDADES MARCAM CINQUENTENÁRIO DO POETA

63ª Feira do Livro de Porto Alegre-RS

No período de 13 a 15 de novembro, Arievaldo Vianna e o ilustrador pernambucano Jô Oliveira participarão de várias atividades da programação da 63ª Feira do Livro de Porto Alegre, que ocorrerá no período de 1º a 19 de novembro, como autores enviados pela Editora IMEPH. Além das atividades programadas no próprio espaço da Feira, que incluem visita à Escola Portugal (palestra para turmas do EJA) e no projeto Autor no Palco, no Teatro Carlos Urbim, a dupla foi convidada pela Associação Centro de Tradições Nordestinas e a Secretaria Municipal de Educação da cidade de Cachoeirinha (que fica a 17 quilômetros de Porto Alegre) para fazer uma palestra sobre cordel no bairro Granja Esperança (onde está radicada a maior parte da colônia nordestina).



Com Edgar Vasques e Jô Oliveira, em Porto Alegre


Com o parceiro Jô Oliveira - Bienal do Rio de Janeiro (2012)


IMPLANTAÇÃO DE CORDELTECA EM MADALENA-CE E LANÇAMENTO DE UM NOVO LIVRO “NO TEMPO DA LAMPARINA”

Também em novembro próximo, em data a ser definida, a Prefeitura Municipal de Madalena irá inaugurar uma Biblioteca de Cordel com acervo selecionado por Arievaldo Vianna. A Cordelteca Alzira Vianna de Sousa Lima é uma homenagem à avó do escritor. Foi com ela que Arievaldo aprendeu as primeiras letras e deu seus primeiros passos como poeta, pois dona Alzira utilizava os folhetos de cordel como ferramenta auxiliar na educação do neto.

Ainda este ano, Arievaldo Vianna pretende lançar seu 32º livro, oitavo em prosa, intitulado “No Tempo da Lamparina – II Volume de Memórias”. A obra reúne crônicas que retratam a sua infância e adolescência nos municípios de Quixeramobim, Madalena e Canindé. O texto alterna lembranças pessoais com fatos importantes ocorridos no período e trata também das transformações que afetaram o Sertão Central cearense ao longo dos últimos 50 anos, sob a ótica de quem viveu e testemunhou de perto.
Assim, o autor desfila suas reminiscências falando de artes e tradições esquecidas, como o reisado, a cantoria, o forró de latada, corridas de cavalo, farinhadas, sonhos com botijas e assombrações, novenas e procissões invocando chuva. A fazenda Ouro Preto, onde nasceu e se criou, não tinha luz elétrica. O entretenimento que o poeta conheceu na infância foram somente o rádio, as cantorias e os folhetos de cordel, guardados com carinho pela avó numa maleta encantada. Por falar nisso, Arievaldo também descreve as histórias de encantamento repassadas aos meninos de sua geração pela velha Bastiana. Uma delas falava de três castelos encantados, localizados na comunidade vizinha de Três Irmãos, onde está situada a Fonte das Coronhas, um lugar mágico, tido por alguns como a morada da Iara ou Mãe D’água sertaneja.



EIS UM TRECHO DO LIVRO:


Xilogravura da capa: Maércio Siqueira

“Na infância eu considerava as histórias de encantamento dos folhetos de cordel como verdadeiras ou, pelo menos, plausíveis. Por estarem impressas no papel me pareciam mais dignas de crédito que as histórias de Trancoso contadas oralmente pela velha Bastiana e sua neta Rita Maria. A própria Bíblia, tida como o mais sagrado e verdadeiro dos livros, não encerrava a história da jumenta de Balaão, que adquirira voz humana e falara fluentemente? Moisés não abrira o Mar Vermelho para que os israelitas o atravessassem a pé enxuto, com a mesma facilidade com que se corta uma talhada de melancia? O profeta Elias não fizera cair fogo do céu? Não havia dividido as águas do Rio Jordão com o simples toque de sua capa? O profeta Eliseu, seu sucessor, não multiplicara milagrosamente o azeite da viúva em cuja casa se hospedara?       O combate do pequeno Davi contra o gigante Filisteu não poderia ser a própria Batalha de Oliveiros com Ferrabrás, de que nos fala o livro de Carlos Magno e dos Doze Pares de França? Se São Jorge, um santo reconhecido pela Igreja Católica, combatera um dragão, por quê Juvenal, personagem do folheto do poeta Leandro Gomes de Barros, não poderia ter realizado um feito similar?
Para completar esse universo místico e encantado, eu ouvia constantemente, no alpendre da casa de meus avós, histórias de botijas, de alma penada, de lobisomens e até de discos voadores como coisa absolutamente real, palpável e natural. Nascidos e criados no “tempo da lamparina”, os meninos de minha geração não dispunham de outras diversões que não fossem as cantigas de roda, a audição de velhos contos de fadas adaptados à linguagem sertaneja, os folhetos de cordel e o rádio de pilha. Some-se a isso, cantorias, vaquejadas, forrobodós, leilões, reisados e novenas.
Eu gostava mesmo era de escutar a prosa dos adultos, à sombra dos alpendres, em noites de lua cheia ou sob a luz do candeeiro. Tudo isso era projetado pelo caleidoscópio de uma imaginação fértil e prodigiosa, da qual sempre fui dotado. De modo que, quando me via sozinho no meio do mato, imaginava encontrar um desses entes fabulosos descritos pelos adultos e registrados nas páginas dos cordéis. Dentre todos, o que eu mais       ansiava encontrar era o gênio da lâmpada, das histórias de Alladim, a fim de realizar os três pedidos. O primeiro deles, sem dúvidas, seria um passeio no tapete voador, elevando-se do pátio da fazenda de meu avô com destino a serra dos Três Irmãos, Serra do Peitão, Serrinha do Teixeira e Serra da Cacimba Nova. Desde a mais tenra idade eu nutria verdadeiro encanto pelas serras, lugar de onde me parecia vir a chuva. E, como toda criança, eu queria voar. Nessa fase da vida quantas vezes não sonhei voando?
Complementando tudo isso, havia as histórias mirabolantes do Chico Pavio, filho da velha Bastiana, que também possuía uma imaginação prodigiosa. Às vezes ele fazia parte do adjunto de trabalhadores que auxiliavam meu pai na sua lavoura. No próprio eito ele desfiava alguns causos interessantes, que eram intercalados pela voz do Chico Cazuza, o Cazuzinha, fã de cantorias, que sabia de memória muitas glosas atribuídas aos famosos Bentevi Neto e Cego Aderaldo. Papai dava larga preferência ao segundo, eu gostava, também, das lorotas do primeiro. Eis um causo contado pelo Chico Pavio: segundo ele, os serrotes dos Três Irmãos eram três reinos encantados, erguidos em remotas eras, por uma raça nobre e desconhecida, exuberante e rica. Mas os três castelos foram encantados pelo poder de gênios do espaço e transformados em três gigantescos blocos de pedra. Quando eu ia buscar água na companhia de meu pai, na Fonte das Coronhas, que fica no sopé do primeiro serrote, ansiava encontrar alguma princesa encantada, avistar a lendária Mãe D’água e até mesmo o dragão que guardava a porta de entrada do Reino Encantado. Dei asas à imaginação e descrevi tudo isso em um poema chamado “O Marco Cibernético do Reino dos Três Monólitos”, que se encontra reproduzido integralmente neste livro.
(...)
Há quase 300 anos os troncos familiares que deram origem à minha raça habitam este pedaço de chão. A história desses clãs é minunciosamente descrita no primeiro livro desta série, cujo título é “Sertão em Desencanto – I Volume de Memórias”, obra de menor teor poético, porém fortemente embasada em documentos, daí o seu valor como relato histórico.
Por quê “Sertão em Desencanto”? Dentre muitos outros motivos e explicações eu diria que aquele encantamento pelo maravilhoso, pelo heroico e pelo fantástico que acalentei na infância foi quebrado pelo rude martelo da realidade. Foi minado pelos espinhos e dissabores que inevitavelmente nos agridem ao longo de nossa caminhada. Mas também pela descaracterização de nossa cultura, pelo desaparecimento de velhas tradições, pelo aniquilamento de nossos costumes mais simples e fraternos. O sertão de hoje em dia está muito modificado!
Por isso tomei a iniciativa de escrever estes livros de memórias, permeados de causos, de sonhos e encantamentos, para que as gerações futuras não percam o fio da meada e saibam que o nosso sertão nem sempre foi assim, displicente, desleixado, alienado e ignorante de suas matrizes culturais. Subam comigo, a bordo desse tapete voador, e retornemos ao sertão dos tempos da lamparina, fazendo de conta que o velho candeeiro é a lâmpada de Alladim.”




sábado, 14 de outubro de 2017

LANÇAMENTO NO SESC



No próximo dia 31 de outubro (terça-feira), às 19 horas, o escritor Arievaldo Vianna estará lançando mais um livro no SESC da Duque de Caxias (Centro de Fortaleza), dentro do Projeto Bazar das Letras. 
Trata-se da obra “Encontro com a consciência”, texto em cordel com ilustrações do próprio autor.


ENCONTRO COM A CONSCIÊNCIA

Escrito em sextilhas e setissílabos, Encontro com a consciência está na justa medida do cordel-romance, a exemplo dos que nos deram os melhores autores do gênero em todos os tempos. As rimas bem aplicadas, a narrativa fluente, a presença do falar regional, a abordagem de detalhes emotivos, a honestidade e honra imaculadas do sertanejo surgem como o tempero que dão sabor à leitura nesse trabalho de Arievaldo Vianna.

Autor: Arievaldo Vianna
Ilustração: Arievaldo Vianna
Indicação: Para crianças de 08 a 80 anos
Temas relacionados: Honra, honestidade, valores morais.
Valor: 34,00
Formato: 20,0 x 27,0 cm
Número de páginas: 28
ISBN: 978-85-7974-182-1



HISTÓRIAS DE CAMINHONEIRO
(Texto de apresentação da obra)

Encontro com a consciência é o trabalho basicamente inaugural de Arievaldo Viana como romancista da Literatura de Cordel. Esta sua narrativa em versos surgiu com o alvorecer do século presente, dois anos depois de o já consagrado poeta lançar a primeira edição do seu livro O baú da gaiatice, que demarcou o ressurgimento do Cordel por aqui e mais além. Com seu faro aguçado para a temática do romanceiro popular, Arievaldo enxergou um belo roteiro nessa história escrita em 1977 por Ramiro Monteiro Chaves, antigo caminhoneiro da região jaquaribana, que por sua vez reuniu em livro suas aventuras pelas estradas do Brasil. Reeditado em 2001, Com o pé na estrada  memórias de um caminhoneiro traz “Encontro com a consciência” em sua versão original e na adaptação para o Cordel.

Agora, o mesmo trabalho ganha publicação individual, em edição primorosa e ricamente ilustrada com desenhos em cores assinados pelo próprio Arievaldo e inspirados nos mestres do traço Percy Lau (1903-1972), Lanzellotti (1926-1992) e Raimundo Cela (1890-1954), que de tal forma são também homenageados. As aquarelas do poeta-desenhista emprestam um novo brilho à sua obra e atestam mais uma vez a evolução constante do Cordel no mercado editorial.

Escrito em sextilhas e setissílabos, Encontro com a consciência está na justa medida do cordel-romance, a exemplo dos que nos deram os melhores autores do gênero em todos os tempos. Conquanto o enredo encontre paralelo numa obra de Simões Lopes Neto (1865-1916), intitulada Trezentas onças, a coincidência pára por aí, pois o desfecho do primeiro é sensivelmente mais vibrante; e ainda se há de supor que Ramiro Monteiro Chaves, incansável em sua luta de caminhoneiro, não tenha sequer conhecido a obra do escritor e regionalista gaúcho.
As rimas bem aplicadas, a narrativa fluente, a presença do falar regional, a abordagem de detalhes emotivos, a honestidade e honra imaculadas do sertanejo surgem como o tempero que dão sabor à leitura nesse trabalho de Arievaldo Viana. O arremate, como sugere o título, tem o seu cunho de grandeza moral e de lição de vida. O relançamento de “Encontro com a consciência”, por outro lado, acontece no momento em que a adaptação da prosa para o cordel, inclusive de obras clássicas, tornou-se um dos filões mais explorados pelos poetas populares e também um dos mais aceitos pelo público. É ainda, não há dúvida, uma alternativa de se preservar e recontar com novo jeito tantas velhas e boas histórias. Assim seja.


Pedro Paulo Paulino (Poeta Popular)


sábado, 7 de outubro de 2017

8 de outubro - DIA DO NORDESTINO


Ilustração: ARIEVALDO VIANNA



DIA DO NORDESTINO

Em sentido horário: Padre Cícero, Maria Bonita e Lampião, Xerém, Câmara Cascudo, Virgulino Ferreira, Leonardo Mota e Luiz Dantas Quezado, Dina Vaqueira, Babá, Mestre Azulão e Arievaldo Viana, Geraldo Amâncio, Luiz Gonzaga e Leandro Gomes de Barros. Ao centro, Patativa do Assaré (caricatura de Arievaldo) e Juvenal Galeno.

"O sertanejo (nordestino) é, antes de tudo, um forte", já escrevia o fluminense Euclides da Cunha no seu clássico Os Sertões. Neste domingo (08/10) é comemorado o Dia do Nordestino, sinal de uma resposta positiva aos inúmeros preconceitos que essa população ainda sofre por parte de uma minoria supostamente elitizada, fascista e desinformada, sobretudo no Sudeste e no chamado Sul maravilha.
Basta um rápido olhar na contribuição que o Nordeste tem dado para o país no campo das artes, em especial na Literatura, para conhecermos o potencial dessa raça forte e guerreira da Nação Nordeste, berço de Jorge Amado, Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, João do Vale, Gilberto Gil, Graciliano Ramos, José Lins do Rego, Rachel de Queiróz, Coelho Neto, Humberto de Campos, Gonçalves Dias, José de Alencar, Câmara Cascudo, Leonardo Mota, Celso Furtado, Gilberto Freire, Ariano Suassuna, Joaquim Nabuco, Fagner, Patativa do Assaré, Leandro Gomes de Barros, Zé da Luz, Lucas Evangelista, Ivanildo Vila Nova, Geraldo Amâncio, Rosemberg Cariri, Cego Aderaldo, Chico Anysio, Ednardo, Belchior, Zé Ramalho e Raul Seixas, só para citar uma pequena parcela dos nossos talentos. VIVA O NORDESTE, VIVA O POVO NORDESTINO!





Sobre o Dia do Nordestino

Dia 8 de outubro, embora a gente não tenha encontrado uma Lei Nacional oficilizando a homenagem, foi amplamente divulgado como o Dia do Nordestino.
As comemorações referentes à data ocuparam a 5ª posição no trending topics do Twitter. O assunto #nordestino gerou polêmicas porque teve muitos comentários preconceituosos. Confira aqui.
O Dia do Nordestino deveria ser um dia para dar um basta ao preconceito. É chocante descobrir que há até um site no ar que já reuniu 1255 assinaturas em repúdio a migração. Intolerância e falta de informação.
Dados demonstram a diminuição do fluxo migratório do Nordeste para outras regiões do Brasil. Além dos programas de distribuição de renda, que contribuem para gerar vínculo, entre 2002 e 2007, os números mostram que mais de 400 mil nordestinos voltaram para suas cidades de origem.
Os dados revelam que São Paulo, estado mais nordestino de todos, tornou-se hoje o maior “exportador” de volta dos mesmos – 61% dos que retornaram vieram de SP. A pesquisa é de Liedje Siqueira, professora do departamento de Economia da Universidade Federal da Paraíba – UFPB.
Uma das motivações é o crescimento da economia do Nordeste, acima da média nacional. Um bom exemplo está no setor da construção civil. Segundo reportagem jornal A Tarde, no Brasil, enquanto o setor de construção civil ampliou no período 16,6% as vagas formais, no Nordeste o crescimento atinge 30,5%. A situação tem gerado falta de mão-de-obra no setor em São Paulo.
Independente disso, o que a gente quer é aplaudir e comemorar o Dia do Nordestino e afirmar que somos todos brasileiros. Só para citar alguns: os personagens abaixo (e os do painel acima, também), por exemplo, deixaram há muito de serem ícones locais/regionais para se tornarem referência nacional, certo?

FONTE: http://babeldasartes.com.br/blog/2010/10/09/sobre-o-dia-do-nordestino/



Missa do Vaqueiro, em Caridade-CE



FAMÍLIA SOUZA-VIANNA, no Brasil desde o descobrimento e no Ceará desde o Século XVIII. Somos todos MESTIÇOS - brancos, índios, negros e orientais - mouros e judeus, somos a amálgama de todas as raças. Não somos "quatrocentões" nem "arianos", nós habitamos o planeta desde que o mundo é mundo. SOMOS BRASILEIROS, acima de tudo. VIVA O POVO BRASILEIRO.

terça-feira, 3 de outubro de 2017

PRIMÓRDIOS DO CORDEL


DESCOBERTO UM PRECURSOR DA LITERATURA DE CORDEL

Por Bráulio Tavares


“Parem as máquinas!..” – gritaria o editor de um jornal, naqueles filmes policiais dos anos 1940. Parem de imprimir o jornal de amanhã, que já está quase pronto! Surgiu uma notícia tão sensacional que vale a pena jogar no lixo esse Corcovado de papel agora inútil, e começar tudo de novo. O furo de reportagem vale a despesa.

Os pesquisadores cearenses Arievaldo Vianna (cordelista, biógrafo de Leandro Gomes de Barros) e Stélio Torquato Lima (cordelista, professor de Literatura na Universidade Federal do Ceará) anunciam agora uma descoberta que vai fazer reescrever boa parte das histórias da literatura de cordel (ou Romanceiro Popular Nordestino, como gostava de chamar Ariano Suassuna).

Todos nós que estudamos o assunto consideramos que o primeiro a escrever e publicar folhetos de feira no Nordeste foi Leandro Gomes de Barros (1865-1918), e que o teria feito a partir de meados da década de 1890.  Fala-se também no grande poeta Silvino Pirauá de Lima, mas ao que parece não há folhetos seus, impressos, que comprovem atividade editorial nesse período.

Agora, Arievaldo e Stelio trazem a figura de Santaninha, poeta popular, recitador, rabequeiro, nascido em Touros (RN), criado em Fortaleza, e que teve uma parte importante de sua carreira poética no Rio de Janeiro. A pesquisa está no recém-lançado Santaninha – Um Poeta Popular na Capital do Império (Fortaleza: Editora IMEPH, 2017).

Por ter publicado no Rio, e não no Nordeste, Santaninha foi sempre um nome obscuro. Os cronistas cariocas registravam sua atividade; os autores do livro citam numerosas menções a ele e aos seus versos na imprensa da época. Mas nenhum usa o termo “cordel”, nem parece atribuir maior importância ao “pequeno poeta”, como ele se auto-denominava.

Por outro lado, a maioria dos pesquisadores de cordel devem ter feito o que eu fiz, quando me meti a estudar o assunto: procurava menções nos jornais, catálogos e almanaques das grandes capitais nordestinas, e não do Rio. E assim Santaninha não foi alcançado pelo radar.

Santaninha (João Sant’Anna de Maria, 1827-?) parece ter sido um tipo muito carismático, que cantava acompanhando-se de uma rabeca (que chamava de “Paraibinha”, “Sombrinha” ou “Profetinha”) e vendia folhetos, tanto pessoalmente quanto em pontos de venda fixos, no centro da cidade.

Já no Rio de Janeiro, eis um anúncio típico de sua atividade (Gazeta de Notícias, 5 e 16 de junho de 1881):

[Os folhetos] acham-se à venda na estação da estrada de ferro D. P. II, no quiosque do Luiz de Camões, no largo de São Francisco de Paula, na praça da Harmonia n. 31, no ponto das barcas, num quiosque em Botafogo, no ponto dos bondes e na rua do Resende n. 107.

Os primeiros registros ao seu respeito estão em jornais de Fortaleza em 1873, quando ele é descrito como “bem conhecido e popular”. Nessa época, teria possivelmente cantado para José de Alencar, que estava em visita a sua terra pesquisando para o romance O Sertanejo.

De 1881 em diante ele já aparece na imprensa carioca, anunciando vendas de livretos e até de partituras.

O cantador e cordelista Crispiniano Neto observa em seu prefácio:

[Santaninha] não tinha com quem trocar idéias sobre a Poética desse tipo de poesia do povo, pois estava deslocado no centro efervescente que partia da Serra do Teixeira e invadia o Pajeú, os Cariris e as Borboremas, forjando uma Escola Literária, a mais produtiva e mais variada de todas.

Os autores reproduzem capa de um folheto de Santaninha, do acervo da Biblioteca Nacional, impresso pela Livraria Editora Quaresma, contendo o que são talvez os seus quatro poemas mais conhecidos, publicados originalmente entre 1879-1881:

1) “Guerra do Paraguai”
2) “Imposto do vintém”
3) “O célebre chapéu de sol”
4) “A Seca do Ceará”

Os quatro poemas vêm transcritos integralmente na segunda parte do livro de Arievaldo e Stelio. São poemas em sextilhas, com todas as características que viriam a aparecer 10 ou 12 anos depois nos folhetos de Leandro Gomes de Barros. Há erros ocasionais de ortografia, de rima ou de métrica (que encontramos também em Leandro).  Mas o perfil do Romanceiro está ali, inconfundível e inegável.

Não se tem notícia certa do ano da morte do poeta, mas os autores supõem que ele teria morrido antes de 1888-1889. Sabe-se que ele manifestou (na imprensa do Rio) a intenção de voltar a sua terra natal, e não se tem notícia de obra sua sobre dois fatos como a Abolição da Escravatura e a Proclamação da República, sobre os quais um “poeta repórter” como ele não teria deixado de se manifestar poeticamente.

Aqui, um anúncio típico dos que ele fazia publicar na imprensa. É do jornal Monitor Campista (Campos dos Goytacazes-RJ, 4-9-1881):

O pequeno poeta João Sant’Anna de Maria, que toca e canta excelente[sic] versos ao som de sua rabeca Sombrinha, faz tenção, no hoje 4 do corrente, [de] divertir [pela] segunda vez no Hotel da Coroa, por isso faz saber ao respeitável público desta cidade que o divertimento principiará às 4 horas da tarde, e cantará outras variedades. Espera, pois, a muito digna coadjuvação do muito hospitaleiro e ilustrado povo campista. Faz ciente mais que o divertimento será no jardim do mesmo Hotel: a entrada de cada pessoa será de 500 rs. Se não chover.

E algumas sextilhas de A Seca do Ceará, que fala da seca de 1877:

Chegam os pobres arrastados
com a fome com que vêm,
pedindo esmolas aos ricos,
muitos dizem que nada têm;
responde: “Eu estou de saída
para ir pedir também”.

Nsta seca em que nós estamos,
que traz os pobres arrastados,
não pedem só as viúvas,
nem cegos, nem aleijados;
pedem os homens sadios
robustos, moços e barbados.

Não pedem só os caboclos,
negros, pardos e mulatos;
também pede gente branca
que comia em finos pratos,
já hoje come nas cuias
bravas comidas dos matos.

A publicação é da Editora Imeph, de Fortaleza: www.imeph.com.br / imeph@imeph.com.br.

Santaninha foi aquilo que se costuma dizer agora “o ponto fora da curva”, um exemplo que se desvia notavelmente do comportamento mediano dos demais exemplos. Escrevia seus poemas, fazia imprimi-los e os vendia pessoalmente, cantando-os em público. Arievaldo Vianna e Stelio Torquato afirmam que lhe dão o nome de “Precursor e não de ‘Pai da Literatura de Cordel’, que julgamos ter sido merecidamente associado à figura do bardo de Pombal”.

De fato, Santaninha foi um agente isolado, embora, a partir de agora, nomes semelhantes ao seu possam surgir de novas pesquisas agora direcionadas para o ambiente de onde ele surgiu. O papel crucial de Leandro não foi apenas a escritura de folhetos (outros os escreveram antes dele), mas a ação constante e incansável que acabou deixando de ser apenas a iniciativa de um indivíduo, e sim um “processo de consagração da poesia popular como mercadoria rentável e altamente popular”.

Santaninha criou a própria obra, mas Leandro criou, com sua tenacidade e seu exemplo, gerações inteiras de – olha que ironia num país como o nosso – poetas que viveram da própria poesia.

Fonte: http://mundofantasmo.blogspot.com.br/2017/05/4231-descoberto-um-precursor-do-cordel.html?spref=fb

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- O misterioso crime das tres maçãs - 24 páginas
- João Bocó e o Ganso de Ouro - 16 páginas
- Mil e uma maneiras de manter seu casamento - 16 páginas
- Luiz Gonzaga, o rei do baião - 16 páginas
- Yoyô, o bode misterioso - 20 páginas
- O batizado do gato - 8 páginas
- Discussão de seu Lunga com um corno - 8 páginas
- As peripécias da vaqueira Rosadina - 16 páginas
- Peleja de Severino Pinto com Severino Milanês - 16 páginas
- A donzela Teodora - 32 páginas
- Iracema, a virgem dos lábios de mel - 32 páginas
- A visita da morte - 16 páginas
- O jumento melindroso desafiando a ciência - 16 páginas
- A chegada de Lampião no inferno - 8 páginas
- Romualdo entre os bugios (40 páginas) - Ed. CORAG
- Quinta de São Romualdo (40 páginas) - Ed. CORAG
- A didática do cordel - 16 páginas
- A gramática em cordel - 16 páginas
- Meu martelo - 8 páginas.
- A festa dos cachorros - José Pacheco - 16 páginas
- A cura da quebradeira - Leandro G. de Barros - 08 páginas
- A intriga do cachorro com o gato - 08 páginas
- O jumento melindroso desafiando a ciência - 16 páginas*
- O valente Zé Garcia - 40 paginas
- Peleja de Romano com Inácio da Caatingueira - 16 páginas
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