sábado, 27 de abril de 2019

OS MILAGRES DE ANTÔNIO CONSELHEIRO


Texto do professor Gilmar de Carvalho:





CONSELHEIRO

Nenhum cantador ou cordelista cearense tratou de Canudos no calor da hora. Sílvio Romero recolheu quadras da tradição oral que chamavam Conselheiro de "Santo Antonio Aparecido". A cantoria e o cordel cearenses deviam estar sendo gestados.   
 Antonio Vicente Maciel, de Quixeramobim, sintetizou a herança da tradição mística, com as penitências, benditos e Casas de Caridade do Padre Ibiapina; a relação do Padre Cícero com os desassistidos; a vivência dos que acompanharam Zé Lourenço ao Caldeirão; o fervor  do Frei Damião em escorraçar o demônio, as modas, a bebida e as danças.
Pode-se pensar em todos estes líderes e seus seguidores como uma ciranda da fé, construindo uma catedral de taipa, que seria arrasada pela romanização.
Mais de cem anos depois, percebe-se uma presença tímida do tema na nossa literatura de folhetos. A contribuição mais destacada foi a de Patativa do Assaré, louvando Antonio Conselheiro em um poema.
Canudos se difundiu pela voz, foi contada e cantada nos sertões, e se afirmou como um lugar ou uma referência da luta e da fé. A truculência do Exército arrasou um povo que vivia em paz, de acordo com a Missão Abreviada, "bodejando" seus benditos, e construindo uma experiência de socialismo cristão.
Arievaldo Viana e Bruno Paulino, dois poetas de Quixeramobim, no clima estimulante das oficinas de cordel e xilogravura, feitas na cidade, quando dos festejos do aniversário do Conselheiro (13 de março), nos dão um cordel bem escrito e bem cuidado graficamente, que trata dos milagres atribuídos ao líder religioso.
Arievaldo tem vários folhetos publicados e se afirma como um dos valores de uma geração do cordel. Bruno tem construído, com trabalho e sem alarde, uma trajetória que dosa ficção e poesia.
Importante a retomada do tema por gente talentosa, comprometida com a letra, a voz e as bandeiras de  luta. Que seja a abertura de uma vereda, na direção do "coração selvagem" do mistério.

Gilmar de Carvalho


SERVIÇO: OS MILAGRES DE ANTONIO CONSELHEIRO,
de Arievaldo Vianna e Bruno Paulino
Lançamento dia 10 de maio, na LIVRARIA LAMARCA, Avenida da Universidade, 
a partir das 19 horas. Mediação de ZECA LEMOS.
Informações: acordacordel@hotmail.com


quarta-feira, 24 de abril de 2019

CARIRI CANGAÇO



"Os milagres de Antônio Conselheiro", 
novo livro de Arievaldo Vianna e Bruno Paulino será lançado no Cariri Cangaço.


PROGRAMAÇÃO CARIRI CANGAÇO
QUIXERAMOBIM 2019

SEXTA-FEIRA
Dia 24 de Maio de 2019

17h – Solenidade de Abertura
Memorial Antonio Conselheiro
Quixeramobim, Ceará
Mestre de Cerimônia
Aílton Siqueira

17h10min – Formação da Mesa de Autoridades
17h15min – Hino Nacional
Cecília do Acordeon
Redenção-CE

17h30min – Apresentação do Cariri Cangaço
Por Conselheiro
Ângelo Osmiro Barreto
Fortaleza-CE
O
17h40min - Fala das Autoridades

18h - Entrega de Diplomas aos Homenageados
Pedro Igor Azevedo
Bruno Paulino
Francisco Antônio Rabelo
 Neto Camorim
Goreth Pimentel

Entrega por Conselheiros e Convidado
Luiz Ruben Bonfim
Paulo Afonso-BA
Manoel Serafim
Floresta-PE
Professor Pereira
Cajazeiras-PB
Rangel Alves da Costa
Poço Redondo-SE
Jorge Figueiredo
Grupo Sertão Nordestino

20h10min -  Comenda a Antônio Vicente Mendes Maciel
Em Memória - "Personalidade Eterna do Sertão"
Roberto Maciel
Por Personalidades
Luitgarde Oliveira Cavalcanti Barros
Rio de Janeiro-RJ
Mucio Procópio Araujo
Natal-RN

20h20min - Entrega de Comendas às Instituições
"Equipamento Imprescindível
 à Memória e Cultura do Sertão"
IPHANAC
AQUILETRAS
ESCOLA HUMBERTO BEZERRA
ESCOLA JOSÉ ALVES DA SILVEIRA
Por Conselheiros:
Elane e Archimedes Marques
Aracaju-SE
Aderbal Nogueira
Fortaleza-CE
Cristina Couto
Lavras da Mangabeira-CE
Ana Lúcia Souza
Petrolina-PE

20h30min - Entrega da Premiação do Concurso
"Antônio o Conselheiro do Brasil"
das Escolas de Quixeramobim
Homenagem Póstuma a Marcílio Maciel
Sérgio Machado
Fundação Canudos
Terezinha Oliveira
AQUILetras
Linda Lemos | Academia de Letras Juvenal Galeno
Paulo Roberto Neves | ACLA - Academia Ciências ,Letras e Artes Columinjuba

 20h40min - Conferência de Abertura
"Igreja e República Frente ao Mundo Beato
O Martírio de Antonio Conselheiro"
 Luitgarde Oliveira Cavalcanti Barros
Rio de Janeiro-RJ 

21h45min - Coquetel de Abertura
Apresentação
Quirino Silva e Célia Maria
João Pessoa-PB


SÁBADO
Dia 25 de Maio de 2019

8h30min - Saída para Visita Técnica

9h - Fazenda e Vila da Canafístula Velha

9h10min - Descerramento de Quadro Comemorativo à Memória de
Dona Marica Lessa - Guidinha do Poço
Capela da Sagrada Família
Manoel Severo | Fortaleza-CE
Bruno Paulino | Quixeramobim-CE
Rodrigo Honorato | Exu-PE

10h15min - Apresentação
"O Rabicho da Geralda"
Francine Maria
Ibiapina-CE

10h30min – Conferência
“O Sertão de Dona Guidinha”
Bruno Paulino | Quixeramobim-CE
Carlos Alberto | Natal-RN


11h30min – Lançamento do livro
“Os Milagres de Antônio Conselheiro”
Arievaldo Viana | Fortaleza-CE
Bruno Paulino | Quixeramobim-CE

12h00min - Lançamento
"Dona Marica Lessa"
Paulo de Tarso, o Poeta de Tauá | Tauá-CE

13h - Almoço Literário na Fazenda Barro Doce
Forró Pé de Serra
Cecília do Acordeon e Artistas da Terra

13h45min - Roda de Conversa
Facilitadores
Pedro Igor e Manoel Severo
O
“O que ficou de Antônio Conselheiro
e Canudos no Imaginário Popular de Quixeramobim”
Goreth Pimentel
Quixeramobim-CE
“Os Caminhos de Conselheiro”
Neto Camorim
Quixeramobim-CE
"Santo Antônio dos Mares e o Rio Grande do Norte"
João da Mata Costa
Natal-RN

16h – Visita ao Salva Vidas
Capela de Nossa Senhora das Graças

16h15min - Apresentação
"Antonio Conselheiro"
Francine Maria
Ibiapina-CE

 "A História de Antônio Conselheiro"
Geraldo Amâncio
Fortaleza-CE
                                       
Lançamento
“O Cinema dos Fósseis”
Alan Mendonça
Fortaleza-CE

NOITE

21h30min

Programação Sugerida
Show Musical na Ponte Metálica
Country Bar
David Einstein


DOMINGO
Dia 26 de Maio de 2019

8h30min - Conferência de Encerramento
Hotel Veredas
"Antônio Vicente Mendes Maciel: O Homem, O Mito”
Múcio Procópio
Natal-RN

9h10min - Lançamento
"Luiz Gonzaga nos Carnavais"
Coronel Marcelo Leal
Fortaleza-CE

9h40min - Saída para Caminhada
Roteiro Histórico de Quixeramobim
Bruno Paulino
Ciro Barbosa
Beto Camurim

Casa de Dona Marica Lessa – Guidinha do Poço
Casa de Antônio Conselheiro
Casa de Manoel Bandeira
Casa de Câmara e Cadeia
Igreja Matriz de Santo Antônio

Cariri Cangaço Quixeramobim 2019

Realização
INSTITUTO CARIRI DO BRASIL
Co-realização
IPHANAC
Apoio
AQUILETRAS - ACADEMIA QUIXERAMOBIENSE DE LETRAS
FUNDAÇÃO CANUDOS
PREFEITURA MUNICIPAL DE QUIXERAMOBIM
CÂMARA MUNICIPAL DE QUIXERAMOBIM
SBEC- SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESTUDOS DO CANGAÇO
GECC - GRUPO DE ESTUDOS DO CANGAÇO DO CEARÁ
GPEC-GRUPO PARAIBANO DE ESTUDOS DO CANGAÇO
ICC - INSTITUTO CULTURAL DO CARIRI
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO PAJEÚ
ACADEMIA LAVRENSE DE LETRAS
ACLA-ACADEMIA DE CIÊNCIAS LETRAS E ARTES DE COLUMINJUBA
SOCIEDADE CEARENSE DE GEOGRAFIA E HISTORIA
Mídia e Redes Sociais
GRUPO LAMPIÃO CANGAÇO E NORDESTE
GRUPO OFICIO DAS ESPINGARDAS
COMUNIDADE O CANGAÇO
GRUPO HISTORIOGRAFIA DO CANGAÇO
O CANGAÇO NA LITERATURA
GRUPO SERTÃO NORDESTINO
PROGRAMA RAÍZES DO SERTÃO
ODISSÉIA DO CANGAÇO.

Fonte: Cariri Cangaço


quarta-feira, 10 de abril de 2019

SAIU NO ESTADÃO...



O fim está próximo
        
Marcelo Rubens Paiva


O Sol vai derreter planetas e luas.
Galáxias vão se chocar. O Universo entrará em colapso.
O fim está próximo, e não é apenas uma previsão bíblica, mas científica.
Um meteoro dizimará a nossa espécie e grande parte da vida marinha e terrestre.
Ou será o imbatível fungo Candida auris, que ataca sem cura e se espalha silenciosamente por todo o planeta, atravessa barreiras alfandegárias, fronteiras. E mata!
A Humanidade não tem mais jeito.
E emburrecemos. Jurassicamos.
Não houve holocausto, nazismo é de esquerda, Hitler era agente de Stalin, a Terra é plana e viemos de Adão e sua costela, Eva. Que inventaram a mamadeira de piroca, para adoecer a Humanidade com um distúrbio chamado homossexualismo.
E se um homem vestido de mulher entra num banheiro em que minha mamãezinha e pobre irmã estão se maquiando, tiro ele no tapa e chamo a polícia.
No Brasil, PM agora pode matar, que o julgamento vai pra Justiça Militar. Governador manda atirar. Presidente manda liberar porte.
Falam de um tal domínio do marxismo cultural nos livros.
Querem reescrevê-los.
Não houve ditadura. Haveria, se os militares não impedissem os comunistas. É o que dizem.
Nem houve escravidão, já se disse.
O país do futuro virou o país do “parei no tempo, viva!”

“- Ustra Vive! Fleury Vive!”, foi a saudação aos dois maiores torturares da ditadura, homenageados nessa semana na Assembleia Legislativa de São Paulo.

O ex-marinheiro José Anselmo dos Santos estava na mesa de debates.

- Cabo Anselmo vive?!

Ele, o cabo Anselmo, que viveu décadas escondido, temendo ser morto pela direita (queima de arquivo) e esquerda (por traição), o agente duplo que entregou a própria mulher grávida de um filho seu à repressão política, para ser morta com seus companheiros e comandados.

O agitador marinheiro de março de 1964, acusado de ser da CIA, infiltrado da VPR, agente de Fleury: um cachorro.
Não sabia que ele está por São Paulo, participando de debates. Na Assembleia que, durante a ditadura, foi fechada, e seu deputados presos e cassados.

O evento foi organizado pelo deputado Castello Branco (PSL), sobrinho-neto do marechal Castelo Branco.

Que deve estar furioso, do túmulo, em ver as homenagens ao golpe que só foi possível graças à sua adesão de última hora, mas que foi traído pela tigrada, Costa e Silva e linha-dura, que ao invés de devolverem o poder aos civis, como combinado, ficaram mais de 20 anos nele, pintando e bordando.
Sem contar a suspeita de terem matado o marechal tio-vovô num atentado engenhoso.



O Brasil já era.
É tempo de desânimo. Venha, meteoro!
Alternem-se, polos da Terra!
Salinize-se, oceano!
Derretam-se, geleiras!
Tornem-se resistentes, bactérias!
Aumente, calor. Crie furacões. Cheguem, tsunamis!
É o juízo final
A história do bem e do mal
Quero ter olhos pra ver
A maldade desaparecer

Fonte: ESTADÃO | CULTURA

quarta-feira, 3 de abril de 2019

DIA DO LIVRO INFANTIL



Era uma vez na Dinamarca...


... dos anos 1800, um casal muito humilde: o sapateiro Hans Andersen e a lavadeira Anne Marie Andersdatter. Recém-casados e moradores de um único cômodo na cidade de Odense, em 1805 deram luz àquele que se tornaria o maior escritor de contos de fadas da história: Hans Christian Andersen. Autor de uma vasta obra composta por romances, poemas e narrativas de viagens, Andersen se consagrou nos contos infantis numa época em que o gênero era muito raro. Ao longo de seus 70 anos de vida, o dinamarquês escreveu mais de 150 histórias que até hoje povoam a imaginação de crianças no mundo inteiro. Data de seu nascimento, o 2 de abril é celebrado como Dia Internacional da Literatura Infantil em homenagem ao seu trabalho.
Apesar da extrema pobreza familiar e o consequente abandono escolar ainda com 11 anos, logo após a morte prematura de seu pai, Andersen viveu uma infância repleta de referências literárias: aprendeu a ler a partir dos contos de La Fontaine e encantou-se com as aventuras das Mil e uma noites. Ouvia também, nos relatos dos internos no hospital psiquiátrico onde seu avô vivia, histórias quase folclóricas e encenava peças com um simples teatrinho de marionetes fabricado por seu pai. Aos 14 anos, já trabalhando como aprendiz de tecelão para auxiliar no sustento da casa, o órfão partiu para Copenhague e na capital dinamarquesa conheceu o diretor do teatral Jonas Collin - iniciava, ali, sua brilhante trajetória artística.
Considerado lunático por uns e visionário por outros, Andersen revolucionou a literatura com sua imaginação inesgotável: entre os anos de 1835 e 1842, o escritor escreveu seis volumes de contos infantis e é autor de histórias mundialmente famosas como A Princesa e a Ervilha, O Patinho Feio, A Caixinha de Surpresas, Os Sapatinhos Vermelhos, A Pequena Sereia, A Roupa Nova do Rei, O Soldadinho de Chumbo e A Rainha da Neve. "Hans Christian Andersen é extraordinariamente importante dentro da literatura como um todo. Ele é fundamental na literatura para crianças porque foi sua obra que inventou o leitor infantil. Antes dele, no século XIX, a gente tinha uma literatura infantil que era composta por histórias reaproveitadas da mitologia popular - mas Andersen entendeu que a literatura colocada à disposição do sujeito logo a partir dos primeiros anos faria uma diferença enorme. Ele conversa com as crianças nos textos e logo elas se sentiram valorizadas", argumenta a professora de Teoria Literária da Universidade Federal do Ceará (UFC) Fernanda Coutinho.


Ilustração: Arievaldo Vianna (Direitos Reservados)


O reconhecimento da criança enquanto sujeito autônomo e a construção do imaginário são destaques notáveis na obra de Andersen, como destaca a pedagoga e psicóloga do Instituto de Especialidades Integradas Eveline Câmara. "A concepção de infância começou a surgir no século XIII, mas a importância dada a ela foi apenas no XIX. Quando isso se desenvolveu na sociedade, o conto de fadas foi ganhando características mais infantis, mas ao mesmo tempo não perdendo essa concepção subjetiva com capacidade de projeção em relação a valores éticos e morais. A obra de Andersen tem uma característica muito específica, pois é fortemente influenciada pela vida dele e sua origem pobre. Ele traz para as histórias infantis essa luta, que a gente pode até falar como luta de classes, esses trabalhadores explorados e grupos diminuídos. Tem um amplo caráter autobiográfico, que se manifesta de maneira ora real, ora simbólica. Os contos de fadas são, nesse sentido social, um objeto até de humanização - mas é importante respeitar sempre o espaço da criança, o que ela está percebendo daquela história. Quando fazemos uma imposição de interpretação, voltamos a criança para um lugar inferior. Contar uma história para uma criança é buscar entender a visão de mundo que ela desenvolve", explica.
"Os contos de Andersen são tão diversos que pensar em estilos limita sua obra. Ele trabalha bem essa questão da pobreza, do desvalimento, e nesse aspecto ele pode ser jogado no Romantismo e no Realismo, por exemplo. Mas é um autor que extrapola. Ele está tocando em pontos absolutamente essenciais do coração humano", continua Fernanda Coutinho. Para Eveline, a riqueza do dinamarquês - e também das adaptações de sua obra pela Disney - é essa quebra de maniqueísmos. "Percebemos cada vez mais que os clássicos estão sendo adaptados para que os personagens não tenham essa dicotomia de todo mau/todo bom. As pessoas não são assim e isso afasta o leitor daquela obra. Esse movimento de quebra é característico da nossa sociedade. Na literatura infantil, o personagem de todo mau tinha até características físicas para isso - a bruxa, o lobo, o erro está ligado à monstruosidade. Hoje em dia, a gente vê uma desconstrução: não é porque uma pessoa erra que ela é má. As camadas da literatura infanto-juvenil são bem mais profundas que a gente vê no superficial e as crianças sempre conseguiram apreender isso muito bem", finaliza Eveline Câmara.



O Soldadinho de Chumbo
O romance entre um soldadinho de brinquedo que tem apenas uma perna e uma bailarina de papel foi o primeiro conto escrito totalmente por Hans Christian Andersen e se destaca por quebrar a lógica de contos de fada com finais felizes.
Publicado em 2 de outubro de 1838, a história relata a dramática paixão do soldadinho pela bailarina. O boneco, que não via a perna de sua amada por estar inclinada em um passo de dança, acreditava que eles eram iguais, reconhecia-se nela.
Certo dia, um sopro de vento derruba ambos no fogo e os consome - sobram, apenas, cinzas e um coração de chumbo derretido.
Em sua releitura, o texto original de Andersen foi adaptado para um dos segmentos do filme de animação Fantasia 2000 pela Disney. O conto serviu de inspiração para o filme Toy Story, também produzido pelo estúdio.


Ilustração: ARIEVALDO VIANNA (Direitos Reservados)


O Patinho Feio

Publicado pela primeira vez em 11 de novembro de 1843, O Patinho Feio é o conto de Andersen que mais se aproxima de uma autobiografia, na visão de pesquisadores de sua obra. Ao longo de sua vida, o escritor foi menosprezado por sua fisionomia dita "excêntrica".
A fábula aborda a história de um pato cuja aparência destoa dos demais irmãos. Um dia, cansado da humilhação sofrida por ser considerado feito e inapto, ele foge do ninho e para em diversos lugares durante jornada -
sempre escorraçado, no entanto. Por fim, uma família de camponeses o acolhe durante o inverno, mas ele logo é expulso pelo gato doméstico. Desolado, o patinho segue até um lago encontra alguns cisnes, reconhecendo assim sua verdadeira espécie. As questões sobre autoimagem e relações sociais são muito atuais na abordagem psicológica da infância.

BRUNA FORTE
Fonte: VIDA E ARTE | O POVO




A OBRA DE ANDERSEN EM CORDEL

Através da FRANCO EDITORA, de Minas Gerais, poeta e ilustrador cearense Arievaldo Vianna vem lançando uma série de adaptações em CORDEL da obra do escritor dinamarquês Hans Christhian Andersen, dentre elas os livros O PATINHO FEIO, O SOLDADINHO DE CHUMBO E A BAILARINA DOURADA e JOÃO GRILO E CANCÃO DE FOGO TECENDO A ROUPA NOVA DO IMPERADOR.

João Grilo tecendo a roupa nova do imperador
Autor e ilustrador: Arievaldo Viana
João Grilo e Cancão de Fogo, dois astutos trapaceiros, fazendo-se passar por alfaiates, convenceram determinado imperador de que poderiam fazer uma roupa muito bonita e cara, mas apenas as pessoas muito inteligentes conseguiriam vê-la. Fingindo tecer fios invisíveis, os dois trapaceiros receberam baús cheios de riqueza... Até que, um dia, um menino desmascarou a farsa dos bandidos.
FRANCO EDITORA
ISBN: 978-85-7671-109-4
Nº páginas: 20
Formato: 17x25 cm
Idade: 7 a 10 anos