JÔ
OLIVEIRA ESTARÁ NO 18º SALÃO FNLIJ DO LIVRO PARA CRIANÇAS DE JOVENS
O ilustrador Jô Oliveira, com que já fizemos vários livros em
parceria, participará da 18ª edição do SALÃO FNLIJ DO LIVRO PARA CRIANÇAS E
JOVENS, no Rio de Janeiro. Jô participará dos Encontros Paralelos FNLIJ
/ PETROBRAS, atividade do 18º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens, que
será realizado de 8 a 19 de junho de 2016, no Centro de Convenções Sul América,
Av. Paulo de Frontin, nº 1, Cidade Nova, Rio de Janeiro.
Sua apresentação será no dia 17 de junho, na
mesa Shakespeare, às
14 horas. O tempo destinado à sua participação será de 15 minutos. Nessa
ocasião, Jô Oliveira falará das adaptações que fizemos da obra de Shakespeare
para o Cordel: A ambição de Macbeth (PNBE 2009), SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO
(Ed. Amarylis) e OTHELO E DESDÊMONA (Editora Pallas), bem como de outras
adaptações feitas por Marco Haurélio (Rei Lear, A megera domada) e José Santos
(Muito barulho por nada). A informação sobre a participação de Jô Oliveira no Salão FNLIN é de Elizabeth Serra - Secretária Geral - FNLIJ

Meu compadre Stélio Torquato Lima também lançou as peças de Shakespeare em cordel pela editora Armazém da Cultura, com ilustrações de Fernando Vilela.
Outro clássico da Literatura Universal que
também vem recebendo várias adaptações de Arievaldo Vianna, Stélio Torquato e
do falecido Manoel Monteiro é Miguel de Cervantes, autor de D. Quixote e de
Novelas Exemplares.
SHAKESPEARE E O CORDEL
O dramaturgo cearense José Mapurunga, ao
analisar a minha adaptação de Macbeth, disse o seguinte: “Muitos enredos das
maravilhosas peças teatrais de Shakespeare foram colhidos em cordéis vendidos
nas feiras européias no século XVI. Eram enredos simples, escritos a maioria das
vezes em prosa, que ganharam sangue, carne e nervos nas reflexões sobre a
natureza humana tecidas por um dos mais geniais autores de todos os tempos.
Daí, causa-me um certo espanto serem poucos os textos de Shakespeare que
retornaram ao cordel feito no Brasil, acrescentados dos elementos que induzem
às pessoas a refletirem sobre os maus passos que possam dar sob a influência de
pensamentos destruidores.”

De antemão asseguro que essa adaptação prima
pela fidelidade ao original do bardo britânico, com o mérito de renovar a
linguagem para um estilo brasileiro por excelência, a Literatura de Cordel,
através de 40 sextilhas (estrofes de seis versos de sete sílabas) a modalidade
mais recorrente nesse gênero poético. No cordel, a rima e a métrica emprestam
um ritmo a narrativa tornando-a muito agradável quando lida em voz alta. Que
venham novas adaptações, pois Shakespeare bem que o merece. E o público leitor,
principalmente das escolas, tem muito a ganhar com isso.
Arievaldo
Viana
O mestre Ariano Suassuna, usando elementos do Romance de Minervina e da versão de Romeu e Julieta atribuída a João Martins de Athayde fez uma adaptação da obra para o teatro, utilizando atores e bonecos. Neste link, o texto integral da peça de Ariano Suassuna:
http://guardadocomcuidado.blogspot.com.br/2011/03/historia-de-amor-de-romeu-e-julieta.html
ROMANCE DE MINERVINA
Ó de casa! Ó
de fora!
Minervina, o
que me guardou?
Eu não te
guardei foi nada,
nosso amor
já se acabou
Minervina,
tu te lembras
daquela
tarde de sol
Em que tu
caíste em meus braços
Molhadinha
de suor
Minervina,
tu te lembras
daquela
tarde de chuva
Em que tu
caíste em meus braços
Desmaiada,
cor da uva.
Na algibeira
do capote
Trago um
punhal escondido
Para matar a
Minervina
Que não quis
casar comigo.
Na primeira
punhalada
Minervina
estremeceu
Na segunda,
ela bateu asas
Na terceira,
ela morreu.
Adeus, adeus
minha gente
Eu aqui não
posso ficar
Vou correr o
mundo afora
Vou morrer,
vou me acabar.
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