No início da década de 1980 uma dupla de emboladores conquistou o Brasil com um LP impagável, lançado pela gravadora Copacabana. Falo de Cachimbinho e Geraldo Mouzinho, que lançaram um excelente disco contendo, dentre outras emboladas, "Briga em São José dos Cacetes", um clássico do gênero. Cachimbinho converteu-se a uma igreja evangélica e tornou-se o Irmão Tomaz. Não se apresenta mais como embolador. Geraldo Mouzinho, ao contrário, continua exercendo o dom da poesia e vendendo cordéis nas feiras da Paraíba. Veja essa matéria extraída do blog GERALDO MOUZINHO VIDA E POESIA: http://projetogeraldomousinho.blogspot.com.br/
AOS 73 ANOS, GERALDO MOUSINHO EXPÕE
SEUS CORDÉIS EM FEIRA PÚBLICA
Aos 73 anos de idade, Geraldo Mousinho dá uma demonstração
de humildade e vontade de exibir seus mais de 40 cordéis publicados. Com sua
barraca localizada em Jacaraú, cidade da Paraíba localizada a 96 km da capital,
João Pessoa, Geraldo não só vende seus cordéis, como os de alguns amigos de
renome e os de seu próprio filho, Ginaldo Mousinho, poeta abalizado – como
gosta de ser chamado.
Aos domingos, das seis da manhã às dez e meia, Geraldo não
pára: vende, recita estrofes, conversa sobre política, a vida do músico e sobre
todas as resenhas da atualidade que lhe forem indagadas.
Sempre preocupado com a educação das crianças, possui um
grande interesse em que seus cordéis - ou de quem quer que seja – sejam
incluídos na educação das crianças e adolescentes, fazendo parte do ensino de
Literatura e Português, onde o jovem possa entender a estrutura de formação dos
versos, a métrica das palavras, compreenda as figuras de linguagem incorporadas
neste tipo obra poética, saiba interpretá-las, conheça os artistas da terra e
que seja estimulado a produzi-las.
Mesmo sem contar com patrocínio para a produção de seus
cordéis e outros projetos e atividades que tem, Geraldo Mousinho é pura
simpatia, onde muitas vezes entrega gratuitamente alguns folhetos a quem não
possa pagar.
Parar para conversar com Geraldo Mousinho é receber um
presente de cultura e amor à arte.
Por Dayvis Nascimento
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