O que são os blogs, senão
verdadeiros almanaques de variedades? Vejamos por exemplo o caso deste MALA DE ROMANCES… São centenas de postagens tratando dos mais variados assuntos: música,
política, artes gráficas, cultura popular nordestina, história, curiosidades,
enfim, um verdadeiro balaio de informações, com um ótimo diferencial que é a
qualidade e bom humor com que cada assunto é tratado.
Almanaque O JUÍZO DO ANO, de Manoel Caboclo e Silva
Os ALMANAQUES POPULARES
e a
LITERATURA DE CORDEL
Essa ligação da Literatura de
Cordel com os almanaques é muito antiga… Na primeira metade do século passado
já circulava em todo o Nordeste o famoso ALMANAQUE DE PERNAMBUCO, do poeta e
editor João Ferreira de Lima, que era um verdadeiro livro de cabeceira dos
matutos de outrora. Basicamente eram informações sobre a quadra invernosa, os
melhores dias para o plantio, receitas caseiras, plantas medicinais,
astrologia, tábua das marés e curiosidades. A matriz parece ter sido o famoso
LUNÁRIO PERPÉTUO que, segundo Câmara Cascudo, era uma das leituras prediletas
do povo nordestino no século XIX, exercendo grande influência sobre os
cantadores e poetas populares que exerciam o ofício de “cantar Ciência”,
modalidade muito apreciada nos primórdios da cantoria.
No seu rastro surgiram outros
almanaques similares, escritos e editados por poetas populares, como é o caso
de Costa Leite, Vicente Vitorino de Melo e Manoel Caboclo e Silva. Destes, o
único que ainda se encontra em atividade é Costa Leite, editando seu vetusto
almanaque pela Editora Coqueiro.
O QUE É ALMANAQUE?
almanaque
substantivo masculino
- 1.calendário com os dias e os meses do ano, os feriados, as luas, as festas etc.; folhinha.
- 2.folheto ou livro que, além do calendário do ano, traz diversas indicações úteis, poesias, trechos literários, anedotas, curiosidades etc.
Em Portugal, o primeiro almanaque
foi publicado em 1496, em Leiria, por Abraão Zacuto e foi batizado de Almanach
Perpetuum. Os almanaques foram se tornando cada vez mais populares, na medida
na qual a ciência tornava-se mais exigente. Mesmo que Benjamin Franklin tenha
editado seu próprio almanaque, quando chegamos ao século XX, o conteúdo havia
se tornado mais e mais abrangente, apresentando curiosidades, com leitura
simples e rápida. Não é tão importante a precisão acadêmica, é mais importante
a forma de apresentar a curiosidade, portanto, o lugar onde o camelo se ajoelha
é bem mais interessante que folhinha do tempo.
(Fonte: http://www.aletria.com.br/)
Qualquer construção começa no chão...
• Pretensão e água benta, cada um tem quanto quer
• Preguiça não vai a missa
• Prece de pobre é pedido. Prece de rico é recibo
• Pra quem tem cavalo esperto, toda lonjura é perto
• Praga de urubu não mata cavalo velho
• Pra barriga cheia toda goiaba tem bicho
• Pequenos riachos formam grandes rios
• Pense rápido, fale devagar
• Passarinho que anda com morcego acaba dormindo de ponta-cabeça
• Parar é morrer
• O tempo é o senhor da razão
• O tambor é barulhento, mas por dentro só tem vento
• O que urubu não conhece não come
• O que o berço dá, a tumba leva
• O que é moda não incomoda
• O prometido é devido
• O pouco basta. O muito se gasta
• O pé do dono aduba o terreno
• O fácil de contentar tem menos para chorar.
PHILOSOPHIA DE ALMANAQUE
Qualquer construção começa no chão...
• Pretensão e água benta, cada um tem quanto quer
• Preguiça não vai a missa
• Prece de pobre é pedido. Prece de rico é recibo
• Pra quem tem cavalo esperto, toda lonjura é perto
• Praga de urubu não mata cavalo velho
• Pra barriga cheia toda goiaba tem bicho
• Pequenos riachos formam grandes rios
• Pense rápido, fale devagar
• Passarinho que anda com morcego acaba dormindo de ponta-cabeça
• Parar é morrer
• O tempo é o senhor da razão
• O tambor é barulhento, mas por dentro só tem vento
• O que urubu não conhece não come
• O que o berço dá, a tumba leva
• O que é moda não incomoda
• O prometido é devido
• O pouco basta. O muito se gasta
• O pé do dono aduba o terreno
• O fácil de contentar tem menos para chorar.
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